Defesa de acusado revela laudos do processo judicial

Estratégia consiste em revelar a diferença entre os laudos oficiais e o laudo produzido pelo parecista particular

Redação Integrada

Após quatro anos de polêmica, o fim do segredo de justiça decretado este ano inicia uma nova fase no processo que apura a morte de Renata Cardim, em 2015, permitindo o acesso público aos laudos, depoimentos de peritos e provas do processo judicial em que o então marido dela, Hélio Gueiros Neto, responde.

“Tomamos o cuidado em respeitar o sigilo e aguardávamos ansiosos este amparo legal para disponibilizar os laudos, as perícias e os depoimentos dos peritos. Eles falam por si e revelam que não houve crime e sim que Renata sofreu, infelizmente, uma morte natural, derrubando a hipótese que vem sendo repetida pela acusação”, destaca Roberto Lauria, advogado de defesa de Hélio.

Entre os documentos apresentados está o Laudo de Exumação e Necropsia elaborado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, que, segundo o advogado, em nenhum momento afirma que Renata foi vítima de asfixia.

O laudo é um dos 13 documentos disponibilizados no site justicasejafeita.net, onde é possível ainda ter acesso a trechos de vídeos de depoimentos em juízo, laudos e informações recentes sobre o caso.

A estratégia da defesa é revelar a diferença entre os laudos oficiais - aqueles produzidos pelos órgãos de referência no Estado - e o laudo produzido pelo parecista particular, contratado pela mãe de Renata, Socorro Cardim, usado para iniciar o processo contra Hélio.

“É importante deixar claro: não existem peritos oficiais e peritos nomeados em juízo. Basta abrir os autos. Há peritos oficiais e assistentes técnicos admitidos, contratados pela família, cujo parecer foi elaborado após a confecção do Laudo de Exumação dos peritos oficiais do CPC Renato Chaves”, explica Lauria.

PROVAS

O laudo oficial de exumação é assinado por dois peritos do CPC, Juvenal Lima e José Arimatéia. Ambos afirmam que não foram encontradas marcas de violência e de asfixia.

“Não há sinal de esganadura, estrangulamento e sufocamento, não teria havido constrição do pescoço, ação traumática, inclusive ele (o corpo) está íntegro, radiografado”, garantiu Juvenal, conforme depoimento dele prestado em juízo, sendo um dos vídeos disponibilizados no blog da defesa de Hélio Neto. O perito José Arimatéia assegura também não haver indicativos de supressão da respiração no corpo examinado.

Segundo a defesa, o juiz Maurício Ponte Ferreira de Souza chegou a afirmar, em dezembro de 2018, que não haveria provas para a abertura do processo.

Para o advogado de defesa Roberto Lauria, o fim do segredo de justiça pode ser determinante para que o processo seja visto com base na razão das provas. “A acusação como um todo avançou sem qualquer prova

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