Dólar cai a menor nível desde meados de novembro
Aversão ao risco no exterior fica em segundo plano diante de otimismo com governo

O dólar teve seu segundo pregão consecutivo de queda firme e terminou a quinta-feira (3) na casa de 3,75 reais, o menor nível desde meados de novembro passado, sob influência do otimismo do mercado com o governo Jair Bolsonaro, com a aversão ao risco no exterior ficando em segundo plano na sessão.
O dólar recuou 1,46 por cento, a 3,7539 reais na venda, menor valor desde os 3,7399 reais de 16 de novembro. Nestes dois pregões do ano, acumulou recuo de 3,14 por cento.
Na mínima, atingiu 3,7387 reais e, na máxima, foi a 3,8088 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,80 por cento.
"Estaremos suscetíveis à volatilidade externa, mas existe espaço para que os ativos locais continuem mostrando desempenho relativo mais positivo enquanto for factível acreditar nas reformas econômicas e no bom andamento do novo governo", escreveu o estrategista da empresa de gestão de recursos e ativos TAG Investimentos, Dan Kawa.
A primeira reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro aconteceu nesta quinta-feira e o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fará uma apresentação sobre a proposta de reforma da Previdência --um dos temas mais caros ao mercado-- ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana.
Na véspera, em seu discurso durante transmissão de cargo, Guedes já havia feito veemente defesa do controle dos gastos públicos e da diminuição do tamanho do Estado brasileiro, elegendo a reforma da Previdência como prioridade número um, mas prometendo, em paralelo, medidas infraconstitucionais de ajuste.
O mercado internacional, entretanto, tinha um dia de aversão ao risco após a Apple emitir alerta de receita diante da expectativa de menores vendas na China, que sofre os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos.
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