Com 28 Grammys, Beyoncé é consagrada rainha da música mundial

Ela está bem perto de alcançar o campeão geral, o maestro e compositor húngaro Georg Solti, vencedor na cerimônia por 31 vezes

Agência Estado
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Antes mesmo da hora de início marcada no Brasil, às 21h de domingo, 14, o Grammy 2021, o primeiro sem plateia (ou com algumas dezenas de artistas chamados para receber os prêmios e aplaudir seus colegas), começou a distribuir suas estatuetas.

Beyoncé, que liderava com nove indicações, ganhou logo no início, junto à filha Blue Ivy, de nove anos, a categoria Melhor Videoclipe pela música Brown Skin Girl. Seria uma grande noite para a já denominada "rainha do pop".

Quando a premiação acabou, Beyoncé foi consagrada como a mulher a ganhar na história do prêmio mais estatuetas, quatro neste ano e 27 no total. Taylor Swift, Roddy Ricch e Dua Lipa tinham seis indicações; Brittany Howard saiu com cinco e Billie Eilish, Megan Thee Stallion, DaBaby, Phoebe Bridgers, Justin Bieber, John Beasley e David Frost tinham os nomes indicados em quatro cada um.

Vale lembrar que, na colocação geral do Grammy, o campeão segue sendo o maestro e compositor húngaro Georg Solti, Sir Georg Solti, vencedor na cerimônia por 31 vezes antes de morrer, aos 84 anos, em 1997.

O protagonismo de Beyoncé na festa, por mais necessário e excelente que possa ser Black Parade, assinala um sintoma da temporada. Ao contrário de outras edições, não há um "nome do ano" que tenha saído com mais holofotes do que a já carimbada senhora Beyoncé. Megan Thee Stallion ameaçou roubar a cena, ganhando prêmios importantes, assim como Taylor Swift. E Doja Cat precisará de mais dois ou três anos, se resistir até lá.

A cerimônia conduzida de forma bastante sóbria por Trevor Noah, comediante, locutor e ator sul-africano, líder no programa The Daily Show, começou destinando o prêmio de Artista Revelação para ela, Megan Thee Stallion, que ganhou de Ingrid Andress, Phoebe Bridgers, Chika, Noah Cyrus, D Smoke, Doja Cat e Kaytranada.

As mulheres dominaram também a categoria Melhor Álbum Country pela primeira vez na história, e quem venceu foi Miranda Lambert, com Bluebird. Segundos depois, Taylor Swift encheu a tela com seus olhos azuis para cantar Cardigan, do indicado álbum Folklore.

Cada número programado pelo Grammy se tornava um videoclipe, uma marca dessa edição. O protagonismo do artista no palco, a pegada do "ao vivo", perdeu a importância. O que valia era a estética de estúdio (algo em que os norte-americanos são especialistas).

A Melhor Performance Solo Pop, uma categoria secundária, tinha mais pesos-pesados. E quem levou foi o jovem de 26 anos Harry Styles, com Watermelon Sugar, a primeira música que fez em sua curta carreira.

Colada na apresentação, veio a lembrança dos mortos, com Trevor Noah dizendo que foram quase mil artistas nos Estados Unidos levados pela covid-19 entre 2020 e 2021. Bruno Mars, com Anderson .Paak na bateria, voltou para fazer uma homenagem a Little Richards, morto em 2020, com um medley irresistível. Afinal, covers são uma a especialidade de Mars. Lionel Richie passou para cantar Lady para Kenny Rogers, mestre da canção que faz uma falta irreparável na country romântico.

A categoria Melhor Música de Rap quase fez despontar um nome quente. Depois da apresentação explosiva com Cardi B, Megan Thee Stallion venceu com a música Savage, que tem a participação de Beyoncé. E Beyoncé, que subiu de cabelos esvoaçantes a seu lado para receber a estatueta, chegou aos 27 Grammys, o que já era uma conquista inédita de uma mulher na premiação, mas não seria só.

Dua Lipa, tímida até então, discursou bonito para receber o prêmio de Melhor Disco de Pop Vocal por seu Future Nostalgia. "Eu pensei que só poderia fazer músicas tristes. Venceu, vejam só, Justin Bieber, Lady Gaga, Harry Styles e Taylor Swift.

Beyoncé fez história ao vencer a sessão Melhor Canção R&B com a Black Parade e se tornar a artista mulher com mais vitórias na história do Grammy, com 28 premiações. Beyoncé discursou emocionada: "Como artista acredito que faz parte do nosso trabalho refletir nossa época. Queria homenagear os reis e rainhas que me inspiraram. Eu nem acredito que isso está acontecendo."

A grande categoria Álbum do Ano, perto do final da apresentação, acabou por consagrar outra mulher, Taylor Swift, com seu Folklore. Foi a terceira vitória de Taylor nessa categoria. A crítica elogiou muito o álbum quando ele saiu e os fãs elevaram Taylor em alguns graus de relevância artística, o que trouxe uma aura de justiça feita.

A valorização do grupo de K Pop sul-coreano BTS era algo avassalador. As redes sociais inflaram com fãs pedindo informações sobre o possível show do grupo, algo que, também como uma inversão de valores no prêmio, o show ganhou espaço mais nobre do que a entrega de Álbum do Ano. Para fazer o hit setentista Dynamite, os rapazes chegaram precisos, luminosos, todos de ternos e diante de um trabalho de câmeras minucioso. Uma participação gravada em Seul superproduzida.

Ringo Starr apareceu para apresentar o prêmio mais importante, o de Gravação do Ano. "Eu queria dizer uma coisa", discursou: "Se você está fazendo músicas nesse mundo, você já venceu, muito obrigado." E, então, fez o anúncio: "E o Grammy vai para: Billie Eilish, Everything I Wanted". Billie dedicou o prêmio a Megan Thee Stallion e pediu aplausos à amiga. "Penso em você todos os dias."

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