'Tenho voo hoje', diz diretora que ficou sem mala após fogo na COP 30

A evacuação de emergência provocada por um princípio de incêndio na Blue Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, gerou transtornos para quem tinha viagem marcada para logo após o evento nesta quinta-feira (20). Gisele Obara, diretora da ONG belga Trias, está entre as pessoas que aguardam do lado de fora a liberação para recuperar pertences pessoais e documentos deixados no pavilhão durante a saída às pressas.

Gisele participava de uma palestra sobre "Mulher e Sustentabilidade" quando a confusão começou. Inicialmente, os participantes acreditaram se tratar de um ato político. "De repente, foi um [tumulto] que a gente achou que fosse uma manifestação de pessoas que entraram sem licença. Mas, de repente, as pessoas começaram a gritar que era fogo. Logo sim, evacuar foi o primeiro procedimento", contou.

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Segundo a diretora, a dimensão do incidente só ficou clara após a saída do local. "A gente não teve muita dimensão da quantidade [de fogo] embora tenha sido no pavilhão principal, mas não era tão perto. Só, na verdade, quando a gente foi saindo pela ala principal que a gente viu a grande fumaça acontecer. Depois as imagens até deram uma dimensão", explicou Gisele.

Corrida contra o tempo

A maior preocupação de Gisele agora é o risco de perder o embarque agendado para a madrugada, já que sua bagagem ficou retida na área isolada. O receio aumenta com a dificuldade de reagendamento aéreo durante o período da conferência na capital paraense.

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"Eu tenho um voo marcado hoje pela madrugada e descobri já com a agência de turismo que, talvez, eu só vá ter uma opção [de remarcação] se tiver que remarcar segunda ou domingo. E eu tenho os meus pertences, a minha mala [lá dentro]. Então a gente está aguardando a gente poder entrar, pegar a mala e aí, se possível, ainda embarcar ainda hoje", disse.

Previsão de liberação

As informações repassadas pelas equipes de segurança aos participantes que aguardam no local ainda são preliminares. Segundo a diretora da ONG, a expectativa é de que o acesso seja permitido no início da noite.

"A última informação que foi passada pela equipe de bombeiros é que deve estar liberando às 20h para as pessoas que têm seus pertences pessoais para buscar, mas ainda é muito incerto, estamos aguardando", concluiu Gisele.