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Setor do turismo já se planeja para a COP 30 na capital paraense

Empreendedores do segmento de hotelaria, bares e restaurantes da cidade devem ter o maior destaque

Emilly Melo
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A realização da 30ª Conferência das Partes (COP 30) em Belém será uma oportunidade para muitos setores aumentarem o faturamento durante o período em que acontece o evento, previsto para novembro de 2025 na capital paraense. Com a expectativa de receber milhares de visitantes, o turismo deve impulsionar fortemente o segmento de hotelaria, bares, restaurantes e similares da cidade. 

O assessor jurídico do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS), Fernando Soares, conta que o sindicato ainda não consegue estimar quanto a hotelaria deve faturar com o evento no próximo ano. No entanto, destaca que o setor ainda enfrenta alguns percalços, sobretudo para atender a alta demanda esperada.

 "Nós temos 193 delegações, que geram aproximadamente 70, 80 mil pessoas dentro da cidade e nós temos aproximadamente 18 mil leitos. Isso é um gargalo extremamente difícil de ser transposto. Mas, pode ter certeza, setores atrelados aos meios de hospedagem podem até triplicar os rendimentos no período", sinaliza.

No fim de 2023, o Governo do Pará publicou um decreto que altera a tributação para hotéis, pousadas, albergues e motéis na compra de ativos imobilizados. A medida, que terá validade até 30 de novembro de 2025, permitirá que os estabelecimentos adquiram os ativos com ICMS nas operações internas, dispensando a cobrança do diferencial de alíquota nas compras interestaduais incidentes nas aquisições de bens destinados ao ativo imobilizado da rede hoteleira paraense. 

Outra medida implementada pela gestão estadual para estruturar o segmento para atendimento à Conferência da ONU foi a parceria firmada com a plataforma de hospedagem Airbnb, com o objetivo de tornar o serviço mais conhecido no Estado e ampliar o número de leitos.

Preparação

O diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, ressaltou que a Conferência Climática coloca Belém em destaque para outros países. Ele pontua os dados da Infraero, que mostram que o número de passagens emitidas, tendo Belém como destino, cresceu cerca de 22%, para enfatizar que os empreendedores paraenses terão a oportunidade de mostrar aos turistas um pouco da gastronomia, cultura e relação com a floresta que estão presentes na cidade. 

 “O empreendedor precisa reconhecer essas oportunidades, saber como o seu negócio está inserido, como atender às demandas geradas e como pode atuar de forma sustentável. Adotar boas práticas de sustentabilidade, trabalhar a gestão do negócio e investir em inovação e capacitação, do empresário e de seus funcionários, são fundamentais para atender com excelência e criar boas experiências aos turistas, para que eles voltem”, declara o diretor. 

Rubens Magno destaca também que os empreendedores do segmento do turismo precisam estar preparados para gerar boas experiências aos visitantes. “Isso passa por várias questões, que podem ser trabalhadas com produtos e serviços específicos, de acordo com a necessidade do negócio e do mercado."

O Sebrae realiza ações de capacitação para empreendedores, que têm sido realizadas de forma presencial ou online, com produtos que já fazem parte do portifólio ou criados de acordo com a necessidade apresentada. A  Agência, criada para atender os empreendedores que empreendem ou desejam empreender de olho na COP 30, terá, ainda em 2024, outra ação específica para o atendimento nas ilhas da capital paraense. 

Desafios para a COP

Entre os principais desafios, Fernando Soares aponta que está a capacitação dos profissionais que vão atuar na linha de frente na recepção dos turistas que chegarão ao Estado com a COP. "Precisamos de capacitação e formação de pessoal especializado, com cursos de inglês e o mínimo de informática."

Apesar de facilitar o pagamento para muitos consumidores, o Pix pode ser um dificultar algumas transações com estrangeiros, já que a ferramenta é utilizada somente por brasileiros. "O estrangeiro não usa Pix. E hoje no Brasil, ninguém mais usa dinheiro, todo mundo só usa Pix. Então isso vai ser uma dificuldade", avalia Fernando Soares. 

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COP 30
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