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Secretário do Meio Ambiente destaca importância do Pará e Fundo Florestas Tropicais para Sempre

A fala foi dita durante a tarde desta sexta-feira (7/11), no segundo e último dia da Cúpula de Líderes da COP30

Eva Pires e Fabyo Cruz
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Durante a tarde desta sexta-feira (7/11), no segundo e último dia da Cúpula de Líderes da COP30, realizada no Parque da Cidade, em Belém, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou o papel do Pará na redução das emissões por desmatamento e a importância do novo Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund – TFFF). O evento marca o encerramento da programação preparatória para a COP30, que também será sediada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro.

O TFFF foi lançado oficialmente durante o primeiro dia da Cúpula de Líderes, com o objetivo de criar um mecanismo financeiro permanente para a conservação das florestas tropicais. A iniciativa, idealizada pelo governo brasileiro e apoiada por 53 países, foi anunciada com aportes iniciais que ultrapassam US$ 5,5 bilhões, consolidando um dos maiores fundos ambientais do mundo.

Entre os compromissos já anunciados, a Noruega prometeu o maior valor até o momento — US$ 3 bilhões ao longo de dez anos. O Brasil e a Indonésia se comprometeram com US$ 1 bilhão cada, enquanto a França destinou 400 milhões de euros, com previsão de aumentar o montante para 900 milhões até 2030. Portugal também confirmou uma contribuição de 1 milhão de euros. O Banco Mundial foi designado como anfitrião e responsável pelo secretariado interino do fundo.

Capobianco ressaltou que o Pará tem papel central nesse processo, por ser um dos estados que mais contribuíram historicamente para as emissões de carbono associadas ao desmatamento, mas que vêm apresentando reduções significativas nos últimos anos. “A redução do desmatamento nesses estados traz uma contribuição muito positiva, porque o desmatamento responde por mais de 40% das emissões que caem no Brasil. O Pará vem reduzindo o desmatamento de forma bastante significativa, mas ainda é o maior emissor em números absolutos”, afirmou.

Segundo o secretário, a parceria entre o governo federal e o Estado do Pará tem sido essencial para manter a trajetória de queda das taxas de desmatamento, especialmente em áreas críticas da Amazônia. Ele destacou ainda que o engajamento de estados amazônicos como Pará, Amazonas e Rondônia é determinante para o alcance das metas climáticas nacionais e globais.

O TFFF prevê uma meta total de capitalização de US$ 125 bilhões, com US$ 25 bilhões em aportes públicos na fase inicial, para atrair investimentos privados e tornar o fundo autossustentável. Um dos mecanismos propostos é o pagamento de cerca de US$ 4 por hectare de floresta preservada, ajustado anualmente pela inflação. Essa remuneração busca transformar a conservação em uma alternativa econômica concreta aos modelos de exploração predatória.

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