Números mostram compromisso da indústria cervejeira com sustentabilidade
Economia de água, uso de energia limpa e reuso de embalagens são exemplos de um setor que se tornou referência
Uma série de indicadores e de conquistas comprovam o compromisso da indústria cervejeira brasileira com a sustentabilidade. Os números ganham ainda mais peso diante da relevância socioeconômica do setor para o país e do peso da indústria no cenário global: o Brasil figura como o terceiro maior produtor
de cerveja do mundo, precedido apenas por China e Estados Unidos e movimenta uma das mais extensas
cadeias produtivas do país.
“A responsabilidade socioambiental é um pilar fundamental em nossa atuação, do campo ao copo. Vários indicadores e ações mostram como a produção de cerveja no Brasil é extremamente sustentável”, destaca o presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Márcio Maciel.
Sediado na capital federal, o Sindicerv tem 77 anos de fundação recém-completados e representa as empresas que fabricam 85% da cerveja brasileira – de grande, médio e de pequeno porte. Ao todo, são doze associadas, inclusive as duas líderes de mercado no Brasil: Ambev e Heineken.
“Quando consolidamos esses números, mostrando que nossas associadas usam praticamente 100% de energia limpa na produção, plantaram 3 milhões de árvores e reduziram consideravelmente o uso da água, comprovamos como a nossa indústria, de fato, é sustentável e se torna referência”, exemplifica Márcio Maciel.
No caso da água, um dos destaques é a queda de 40% no uso do insumo nos últimos 15 anos, chegando à média de 2,59 litros de água por litro de bebida produzida, o que significa uma economia acumulada de 161,9 bilhões de litros no período. Para se ter uma ideia, esse volume poderia atender a uma cidade como Brasília durante um ano.
O país se consolida como referência mundial em reciclagem de latas de alumínio, alcançando 97,3% de reaproveitamento em 2024, com mais de 33,5 bilhões de unidades. A indústria cervejeira representa mais da metade do mercado brasileiro de latas. A cada tonelada de alumínio reciclado, economiza-se 95% da energia elétrica e se reduz em 70% as emissões de gases de efeito estufa.
A indústria também avança na circularidade, com mais de 80% do portfólio composto por embalagens retornáveis no caso do vidro e com o crescimento da reciclagem deste material, impulsionada pela criação, em 2024, da Circula Vidro, entidade gestora que vem conquistando resultados importantes, inclusive antecipando metas nacionais.
“A indústria cervejeira é circular por natureza, do campo ao copo. Quase 100% das latas de alumínio são recicladas. Em relação ao vidro, é importante termos noção de que 81% do vidro utilizado na indústria cervejeira dentro do nosso portfólio é retornável. Ou seja, antes até de precisar reciclar, a gente está reutilizando”, ressalta Márcio Maciel. Para se ter uma ideia, uma mesma garrafa de cerveja pode ser reutilizada, em média, 25 vezes.
Além disso, é massivo o uso de energia elétrica renovável pelas associadas ao Sindicerv – como solar, eólica e biomassa, e o setor ainda opera cerca de 400 caminhões elétricos para reduzir emissões. E mais: a indústria se destaca por um conjunto de ações de cunho ambiental: cerca de 3 milhões de árvores plantadas, 2.780 hectares de matas nativas restauradas, 11 mil hectares de áreas de conservação mantidas, sem contar o desenvolvimento de programas de inclusão produtiva, educação ambiental e diversidade.
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