Instituições promovem agenda dedicada à educação e clima na COP 30
Proposta é consolidar um legado para o Brasil e para o mundo, colocando crianças e adolescentes no centro da ação climática
No Dia da Educação da COP 30, que ocorreu em 12 de novembro, autoridades, especialistas, crianças e adolescentes se reuniram e realizaram ações para integrar a pauta climática aos sistemas de ensino e políticas públicas.
O encontro contou com a presença de representantes de governos, organismos internacionais, especialistas, crianças e adolescentes para debater o papel da educação como motor de transformação social e ambiental. A proposta é consolidar um legado para o Brasil e para o mundo, colocando crianças e adolescentes no centro da ação climática.
A programação foi aberta por JP Amaral, gerente de natureza do Alana. “A educação não é apenas um caminho para o conhecimento, mas um catalisador para a ação climática. Ao empoderar crianças e jovens com as ferramentas para entender e enfrentar a crise ambiental, estamos construindo um futuro em que eles não só se adaptem, mas liderem a transformação, criando um mundo mais justo e sustentável para todos”, afirmou JP Amaral.
Ao final da programação, foi anunciada a Declaração “Crianças no centro da ação climática: um compromisso político para a COP30”, celebrando a adesão de municípios, estados e parlamentares à causa da infância e do clima.
O documento “Crianças e as COPs do Clima: uma consideração primordial para seu futuro no presente”, lançado em junho deste ano, em Bonn, na Alemanha, mostra que houve avanços no reconhecimento dos direitos das crianças nas negociações climáticas, mas também avalia que essas referências precisam ser qualificadas. O documento traz recomendações concretas para fortalecer a centralidade dos direitos das crianças nas negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Biblioteca comunitária
Um exemplo de transformação social, por meio da educação, é o trabalho da Organização Não Governamental (ONG) Vaga Lume, que constitui bibliotecas em comunidades rurais da Amazônia Legal brasileira e promove o acesso à leitura para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
No dia 15 de novembro, a Vaga Lume inaugurou uma biblioteca comunitária na comunidade de Boa Vista, no município de Castanhal. A programação contou com roda de carimbó, leitura e apresentação teatral dos jovens da comunidade.
A inauguração ocorreu em meio às mobilizações da COP 30, como exemplo concreto de ação comunitária na Amazônia voltada à educação, à valorização dos saberes locais e ao respeito ao meio ambiente. De acordo com a presidente da Vaga Lume, Sylvia Guimarães, esse momento é muito especial para todos que fazem parte do projeto. “É importante reconhecer cada um que contribuiu para a criação da biblioteca. Eu queria muito elogiar os voluntários da Vaga Lume, que vão desde São Paulo até aqui em Belém. Então toda a equipe da Vaga Lume está de parabéns”, comentou a presidente.
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