Do campo à mesa: como os alimentos atingem o meio ambiente e a saúde
Escolhas mais conscientes podem ajudar a reduzir impactos e garantir um futuro mais sustentável

A forma como produzimos, transportamos e consumimos alimentos tem consequências diretas para o planeta, e também para a nossa saúde. Da derrubada de florestas para abrir espaço à agropecuária ao desperdício de comida em grande escala, cada etapa da cadeia alimentar deixa sua marca no meio ambiente.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a produção de alimentos responde por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, além de estar ligada à perda de biodiversidade, poluição de rios e solos e ao consumo intensivo de água. Culturas como a soja e a pecuária bovina, por exemplo, estão entre os principais vetores de desmatamento em regiões como a Amazônia e o Cerrado.
O estado do Pará é protagonista na produção de alimentos estratégicos para o país, como mandioca, açaí, castanha-do-Pará, abacaxi, entre outros. Contudo, esse protagonismo carrega uma grande responsabilidade ambiental. O cultivo do açaí, por exemplo, embora seja essencial para a economia local, tem gerado redução de espécies típicas em áreas de várzea, o que vem comprometendo a polinização e acidificação do solo.
Para amenizar os impactos no estado, iniciativas como o “Floresta + Amazônia”, uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Governo do Pará, vêm atuando na preservação ambiental, por meio da compensação financeira a agricultores que preservam a natureza e recuperam ecossistemas, de preferência ambas as iniciativas, dentro de suas posses e propriedades.
Impactos na saúde
O impacto da produção e consumo de alimentos não se restringe apenas ao meio ambiente. Dietas altamente baseadas em produtos ultraprocessados e no consumo excessivo de carne vermelha estão associadas ao aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares. Já padrões alimentares mais equilibrados, com maior presença de frutas, verduras, legumes e proteínas de origem vegetal, beneficiam não apenas a saúde individual, mas também reduzem a pressão sobre os ecossistemas.
Desperdícios
Outro ponto crítico é o desperdício. Estima-se que cerca de 30% de todos os alimentos produzidos no mundo são jogados fora, seja durante o transporte, no comércio ou nas residências. Esse descarte significa não apenas perda de nutrientes, mas também a emissão desnecessária de carbono, já que toda a energia e recursos usados na produção acabam desperdiçados.
Como reduzir os impactos
Especialistas apontam que escolhas conscientes no dia a dia podem transformar esse cenário. Entre elas estão:
- Priorizar alimentos locais e da estação, que demandam menos transporte e energia.
- Reduzir o consumo de carne e diversificar a dieta com proteínas vegetais.
- Evitar o desperdício, planejando melhor as compras e reaproveitando sobras.
- Valorizar sistemas de produção sustentáveis, como a agricultura familiar e orgânica.
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A cobertura da COP 30 envolve todos os veículos do Grupo Liberal, com dezenas de profissionais comprometidos em divulgar as notícias do evento. O projeto tem patrocínio da Hydro, Agropalma, Grupo Status, OCB, Faepa, Fiepa, Alepa, Atacadão, Sebrae no Pará, Equatorial Energia, Natura, Recicle, Guamá Tratamentos, Fecomércio e Banco da Amazônia, além do apoio da Vale.
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