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'Precisamos cobrar compromisso dos países desenvolvidos', diz ministra Sonia Guajajara sobre COP30

Ministra dos Povos Indígenas destacou algumas prioridades para a Conferência como o reconhecimento dos territórios indígenas

O Liberal
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A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) deve ter o compromisso dos países desenvolvidos na busca de soluções urgentes para os efeitos das mudanças climáticas. Esse é o pensamento da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. De acordo com ela, os povos indígenas já sentem os efeitos das mudanças climáticas diariamente. A COP30 será realizada no mês de novembro em Belém.

“Muitas pessoas e nós, povos indígenas, já sentimos os impactos das mudanças climáticas no dia a dia, com muitas alterações de estações, com grandes secas e grandes enchentes. É um tema urgente e precisamos cobrar o compromisso dos países desenvolvidos para que assumam acordos que venham, de fato, enfrentar as mudanças climáticas”, disse a ministra durante participação no programa “Bom dia, Ministra” desta quarta-feira, 6 de julho. 

Guajajara ressaltou ser fundamental acreditar no sucesso da Conferência que será realizada no Brasil. “Eu acho que nós temos que focar, acreditar e apostar que essa COP precisa dar certo. É a primeira COP na Amazônia, estamos falando da COP da floresta, da participação, da inclusão e também da implementação. Eu prefiro focar sempre na parte positiva, daquilo que é urgente, do que precisa ser acordado”, enfatizou.

A discussão sobre os efeitos das mudanças climáticas passa pelo reconhecimento dos territórios indígenas como uma das pautas prioritárias. Ela destacou que esses territórios são comprovadamente os mais preservados e detêm a maior biodiversidade do país, graças à forma de vida sustentável dos povos indígenas.

“O que estamos debatendo e apresentando é esse reconhecimento dos territórios indígenas como uma das alternativas eficazes para mitigar a mudança do clima. Comprovadamente são os mais preservados, têm maior biodiversidade e essa proteção é feita pelo próprio modo de vida dos povos indígenas. A gente traz como uma das pautas prioritárias e como uma das medidas para o Brasil alcançar as metas assumidas no Acordo de Paris, com as NDCs”, ressaltou.

CICLO COPARENTE — Como parte das ações preparatórias para a COP30, a ministra destacou o Ciclo COParente, uma iniciativa estratégica composta por 14 encontros realizados em diferentes regiões do país. O objetivo é articular, informar, debater e mobilizar a participação dos povos indígenas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas no evento global.

“Não é só chegar lá e cobrar do governo brasileiro, afinal de contas, a COP30 é um evento global das Nações Unidas e esses líderes precisam assumir compromissos conjuntos. Nós, do Ministério dos Povos Indígenas, estamos com várias iniciativas de preparação para a participação indígena. Estamos agora com o ciclo Coparente, que é essa preparação em todas as regiões do Brasil”, destacou.

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