PF define plano de segurança para a COP 30 com cerca de 1,2 mil servidores em Belém

O esquema operacional visa garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o exercício da liberdade de expressão em um cenário de alta visibilidade internacional

Saul Anjos

Desde o dia 1° deste mês, a Polícia Federal já tem em andamento seu plano de ação para a segurança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). O esquema operacional visa garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o exercício da liberdade de expressão em um cenário de alta visibilidade internacional. Para enfrentar a complexidade do evento, a Polícia Federal já recrutou aproximadamente 1.200 servidores, entre policiais e administrativos.

O planejamento da PF reconhece três eixos centrais que tornam esta COP diferente dos grandes eventos anteriores.

Diplomacia e Recorde de Delegações

De acordo com a PF, a natureza da agenda climática, que atrai países com visões frequentemente antagônicas, exige um esquema de segurança adaptado a complexas dinâmicas geopolíticas. A Polícia Federal estima que a COP 30 receberá um número recorde de delegações estrangeiras simultaneamente, demandando uma atenção especial na segurança de autoridades e na articulação com representantes de diversos países.

Liberdade de manifestação

A Conferência em Belém ocorrerá após edições realizadas em países com maiores restrições às liberdades civis. Com a inclusão do período da pandemia de COVID-19, a PF informou que o Brasil se consolida como o principal palco dos últimos cinco anos para a livre manifestação de povos originários e movimentos sociais ligados à causa ambiental. A instituição atuará para proteger todos os participantes e estabelecer perímetros claros, buscando uma "convivência harmônica" entre os segmentos sociais e a manutenção do funcionamento normal da cidade.

Logística Reforçada

Para a PF, a logística é considerada um pilar fundamental, abrangendo o emprego de um leque de capacidades especializadas. As ações vão desde o reforço na atividade de imigração e fiscalização de portos, como o de Outeiro – que receberá dois navios de cruzeiro –, até a segurança aeroportuária, incluindo a atuação na Base Aérea de Belém, por onde chegarão as autoridades.

O esquema de segurança também inclui o emprego de equipes dedicadas no aeroporto e no Porto de Outeiro, com atividades diárias, além de capacidades investigativas para prevenção de crimes cibernéticos e de terrorismo. A estrutura envolve, ainda, varreduras e contramedidas antibombas, garantindo que o diferencial de Belém — ser uma cidade amazônica e um centro de livre debate — seja protegido e valorizado.

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COP 30
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