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Na COP 30, Caixa anuncia selecionados dos editais de Florestas Produtivas e Turismo Regenerativo

Os anúncios ocorrerão nesta quinta-feira (20/11), às 13h45, durante painel com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira

Fabyo Cruz
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A Caixa Econômica Federal irá anunciar, nesta quinta-feira (20/11), na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, os projetos selecionados em dois de seus principais editais voltados à bioeconomia e ao desenvolvimento sustentável na Amazônia: o programa Florestas Produtivas, com investimento de R$ 50 milhões, e o edital de Turismo Regenerativo, que destinou R$ 20 milhões exclusivamente a iniciativas na região. Os anúncios ocorrerão às 13h45, na Blue Zone, durante painel com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, no Pavilhão Brasil.  

A informação foi adiantada na quarta-feira (19/11) por Jean Benevides, vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania da Caixa, e por André Raposo, superintendente regional no Pará, durante visita ao Grupo Liberal, onde foram recebidos por Ney Messias Jr., diretor de Entretenimento e Rádio Web. 

Benevides detalhou à reportagem que o Florestas Produtivas busca soluções de bioeconomia com agricultores familiares, combinando regeneração dos biomas com sistemas agroflorestais. Ele citou como exemplo uma iniciativa visitada por ele na Ilha do Mosqueiro, na capital paraense, onde produtores assentados atuam em cadeias de curto, médio e longo prazo. Segundo ele, a chamada contemplou cinco estados: Maranhão, Pará, Amazonas, Rondônia e Acre.  

“Vamos anunciar amanhã os projetos selecionados no programa Florestas Produtivas, que trabalha soluções da bioeconomia com agricultores familiares, aliando regeneração dos biomas e sistemas agroflorestais”, afirmou Benevides. Ele reforçou que o edital de Turismo Regenerativo, focado exclusivamente na Amazônia, também terá seus contemplados divulgados no painel. “Colocamos R$ 20 milhões para projetos de turismo regenerativo aqui. Os selecionados serão anunciados juntamente com a publicação dos de Florestas Produtivas, em parceria com o MDA”.  

Benevides também apresentou um balanço das iniciativas já lançadas pela Caixa na COP 30. Entre elas está o protocolo de atuação em desastres climáticos, desenvolvido para dar respostas mais rápidas a municípios e populações afetadas. Segundo ele, o banco tem atuado em situações emergenciais como as registradas no Paraná e no Rio Grande do Sul, enviando agências móveis, liberando benefícios e concedendo pausas em financiamentos habitacionais para famílias atingidas. “Foram mais de 1,1 milhão de benefícios pagos no Rio Grande do Sul”, destacou.  

Coalizão pela Habitação Net Zero

Outras ações anunciadas incluem a Coalizão pela Habitação Net Zero, que reúne uma ferramenta de cálculo de carbono para orientar construtoras em projetos de baixo carbono, desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, 278 projetos e mais de 70 construtoras já utilizam a ferramenta. Há ainda a participação do banco no Fundo Verde do Clima, das Nações Unidas, como instituição acreditada — ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — para projetos acima de US$ 250 milhões.  

Projeto Morar Amazônico

Na COP 30, a Caixa também lançou o edital da Teia da Sociobiodiversidade, que investirá R$ 40 milhões em 200 projetos comunitários de base socioambiental nos biomas brasileiros, com repasses diretos de R$ 100 mil para cada grupo selecionado. Benevides lembrou ainda o projeto Morar Amazônico, em desenvolvimento na Vila da Barca, em Belém, que testa modelos de habitação palafítica com madeira industrializada, visando futura incorporação ao Minha Casa, Minha Vida.  

Outros lançamentos

Outra frente apresentada foi a parceria entre Caixa, Microsoft e Instituto César para o desenvolvimento de ferramentas de atendimento em línguas indígenas — um recurso de tradução automática por IA que permitirá comunicação direta entre clientes indígenas e empregados do banco, incluindo videochamadas. O experimento já contempla três línguas e está sendo expandido. Segundo Benevides, o objetivo é alcançar parte das 392 línguas indígenas do Brasil, 295 delas somente no Pará.  

O superintendente André Raposo destacou o impacto da iniciativa em municípios como Jacareacanga, que concentra a maior população indígena do Pará, entre 24 e 26 mil pessoas. Ele citou um convênio firmado com a prefeitura que permite atendimento remoto, mediado por um servidor local que domina 14 dialetos — fundamental para superar barreiras linguísticas e garantir segurança nos serviços. “A maior parte é munduruku”, disse Raposo ao comentar os povos atendidos.

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