Ministério lança primeiro Plano Global de Saúde para clima em Belém
Ministro Padilha detalha investimento de R$ 4,6 bilhões e defende maior financiamento global para adaptação de sistemas de saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou o Plano de Ação em Saúde de Belém nesta sexta-feira (14), durante coletiva na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30). O documento é o primeiro internacional focado na adaptação dos sistemas de saúde às mudanças climáticas.
O Brasil investe R$ 4,6 bilhões na construção de unidades de atendimento resilientes em todo o país. Padilha destacou que o financiamento global para adaptação dos sistemas de saúde está em 6% e defendeu o aumento para 10%.
Um a cada 12 hospitais no mundo corre risco de paralisação por crise climática, alertou Padilha. O ministro também informou que cerca de 60% da população global já sofre com as consequências diretas das mudanças ambientais.
Foco do plano de ação e impacto global
Padilha reforçou a importância da ciência como "principal vacina" contra o negacionismo climático e sanitário. Ele citou a ciência como ferramenta essencial para combater as práticas negacionistas no Brasil e no mundo.
A diretora-executiva da COP 30, Ana Toni, destacou o Sistema Único de Saúde (SUS) como referência internacional. Toni afirmou que o Brasil é vulnerável a impactos climáticos, como o aumento de casos de dengue, mas o SUS "vem reagindo e liderando".
Eixos e princípios do plano de Belém
O Plano de Ação em Saúde de Belém se estrutura em três eixos principais, guiados pelos princípios de equidade e justiça climática:
- Vigilância e monitoramento;
- Capacitações baseadas em evidências;
- Inovação e saúde digital.
Padilha ressaltou a importância da implementação efetiva de compromissos na COP 30, afirmando que "não se adaptar é ceifar vidas". Ele defendeu um "mutirão" com articulação de governos e cooperação internacional para enfrentar a crise climática.
Lançado na Amazônia, o plano pretende ser um guia global para políticas públicas robustas. A mensagem do governo é que a adaptação é urgente para manter os sistemas de saúde salvando vidas em um cenário climático modificado.
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