Iniciativa é lançada para formar lideranças em justiça social e ambiental no Pará na COP30
O objetivo é mobilizar jovens das periferias como agentes de transformação social, capazes de identificar violações de direitos, articular respostas com o poder público e promover justiça social e ambiental em seus territórios
Com a Conferência do Clima da ONU (COP 30) se aproximando, o Governo Federal lança no Pará uma iniciativa estratégica voltada à juventude amazônica. A partir do dia 1º de agosto, será implementado no estado o projeto 'Jovens Defensores Populares', uma formação voltada ao conhecimento, defesa e promoção de direitos para jovens com atuação social em territórios periféricos e vulnerabilizados.
Coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Saju/MJSP) e a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), o projeto será desenvolvido em cidades como Belém, Castanhal, Acará, Ilhas Distritais e a região do Marajó.
O objetivo central é mobilizar jovens das periferias como agentes de transformação social, capazes de identificar violações de direitos, articular respostas com o poder público e promover justiça social e ambiental em seus territórios. A programação formativa terá duração de dez meses, com atividades presenciais e online abordando temas como educação popular, direitos humanos, mobilização comunitária e meio ambiente, este último com destaque especial diante da realização da COP 30, marcada para novembro, em Belém.
“A chegada do programa ao Pará, especialmente neste momento em que o estado se prepara para sediar a COP 30, reforça nosso compromisso com uma justiça social que começa pela escuta e protagonismo da juventude”, destacou Sheila de Carvalho, secretária da Secretaria Nacional de Acesso à Justiça do MJSP.
O Jovens Defensores integra o programa "Crescer em Paz: Estratégia de Justiça e Segurança Pública para Proteção de Crianças e Adolescentes”, sendo um dos seis programas prioritários do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci II). A iniciativa-piloto já está em andamento no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal, e deve alcançar mil jovens até o final deste ciclo de formação, incluindo novos estados como a Bahia, que dará início às atividades ainda em agosto.
Para André Sobrinho, coordenador da Agenda Jovem Fiocruz, o projeto reafirma a importância de dar voz aos jovens nas decisões que envolvem seus direitos e o meio ambiente. “As violações dos direitos de uma população afetam a juventude de forma significativa. Isso inclui a qualidade do ambiente onde vivem: do ar, da água, o acesso a áreas verdes e o acesso a serviços, trabalho e habitação de qualidade. Isto também inclui a saúde urbana, o direito à cidade, o saneamento básico, que são determinantes socioambientais da saúde. Jovens brasileiros têm muito a contribuir para a discussão sobre os direitos ambientais, porque são aqueles que circulam na cidade para o trabalho, o estudo, o lazer e ainda atuam no cuidado de outras pessoas em casa”, afirmou.
No Pará, o pontapé inicial será dado com um evento na Universidade Federal do Pará (UFPA), que sediará os encontros presenciais do primeiro módulo. A expectativa dos organizadores é que o projeto forme uma nova geração de lideranças juvenis, engajadas na defesa de seus direitos, capazes de transformar realidades locais e contribuir para a construção de um país mais justo, sustentável e inclusivo.
SERVIÇO
Lançamento do Projeto Jovens Defensores Populares – Pará
Data: 1º de agosto (quinta-feira), às 9h
Local: Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus Belém
Auditório H I (Básico)
Rua Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém – PA
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