Governo do Brasil cria acesso ao Fundo Clima para micros e pequenos empreendedores

Plataforma Empreender Clima foi lançada na COP 30. Iniciativa garante também capacitação e tecnologia sustentável a quem empreende no Brasil. Projeto é parceria com instituições estrangeiras e nacionais, com apoio do BNDES

Oliberal, com informações da Agência Brasil
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O Governo do Brasil lançou, durante a COP 30 em Belém, o Empreender Clima, plataforma inédita destinada a apoiar micro e pequenos empreendedores na transição para uma economia verde e de baixo carbono.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre quatro instituições: o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Juntas, elas uniram esforços para oferecer crédito verde acessível, capacitação e tecnologia sustentável a empreendedores no país.

Crédito facilitado e acesso ao Fundo Clima

Mesmo em um cenário de juros elevados, o Empreender Clima assegura crédito barato para pequenos negócios, com taxas a partir de 4,4% ao ano e até 100% de financiamento para investimentos em projetos sustentáveis. A plataforma permite ao empreendedor criar o perfil de seu negócio, acessar cursos e conteúdos personalizados. Além disso, é possível gerar, em menos de dez minutos e gratuitamente, um documento de pré-enquadramento no Fundo Clima, principal mecanismo federal de financiamento para projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Os financiamentos do Fundo Clima se destacam pelos prazos longos e condições flexíveis, que variam de acordo com o tipo de projeto. Projetos de logística verde, transporte coletivo e mobilidade sustentável podem ter prazos de até 25 anos, com cinco anos de carência. Iniciativas de florestas nativas e recursos hídricos também atingem 25 anos de pagamento, com até oito anos de carência. Setores industriais e de energia limpa contam com condições diferenciadas, como financiamentos de até 16 anos e carência de até seis anos, proporcionando suporte para o pequeno empreendedor investir e gerar impacto ambiental positivo.

Declarações sobre o impacto da iniciativa

O titular do MEMP, Márcio França, afirmou que o Empreender Clima, lançado na segunda-feira (17/11), representa uma nova etapa na política de crédito produtivo do país. "Durante muito tempo, o crédito verde foi uma promessa distante da realidade dos pequenos. Agora, mesmo com a Selic alta, o Governo criou uma alternativa para oferecer juros acessíveis e prazos reais de pagamento", declarou.

França enfatizou que o projeto posiciona "o pequeno empreendedor no centro da transição ecológica — com crédito barato, capacitação e tecnologia a favor do seu negócio".

Recursos e estrutura da plataforma

Em um único ambiente digital, o Empreender Clima oferece:

  • Cursos de formação sobre empreendedorismo climático;
  • Um mapa do ecossistema de negócios verdes no Brasil;
  • Um catálogo de instrumentos financeiros;
  • Serviço de pré-enquadramento no Fundo Clima.

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O projeto abrange oito setores estratégicos, incluindo energia, agricultura, logística, construção e gestão de resíduos. Sua estrutura compreende quatro etapas:

Mapeamento de oportunidades;

  • Capacitação em tecnologias limpas;
  • Conexão a instrumentos de crédito verde;
  • Apoio técnico a projetos financiáveis.

A plataforma visa reduzir as barreiras históricas de acesso de pequenos empreendedores ao crédito verde. Por meio dela, micro e pequenos empresários com projetos ambientais poderão, sem custos e de forma rápida, criar seus pré-projetos conforme os requisitos, facilitando o acesso a uma das principais fontes de financiamento da economia limpa. O objetivo é assegurar que o crédito climático beneficie não apenas grandes corporações, mas também a base produtiva do país.

A participação do MEMP na COP 30

O MEMP também participa da COP 30 com uma agenda focada na valorização das economias sustentáveis e regionais. A pasta integra o Espaço da Biodiversidade – Produtos Sustentáveis do Brasil, na Green Zone, em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), onde são exibidos produtos de cooperativas de mulheres e de artesanato, entre outras iniciativas.

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