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Em Belém, Sonia Guajajara exalta Aldeia COP e espaços de diálogo na conferência

A ministra dos Povos Indígenas participou de um painel, na tarde desta quarta-feira (12/11), na Zona Azul da COP 30

Fabyo Cruz
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Durante o painel “O papel das parcerias com os povos indígenas na luta contra as mudanças climáticas”, realizado na tarde desta quarta-feira (12/11), na Zona Azul da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ressaltou o fortalecimento da presença indígena na conferência e a importância de garantir que suas vozes sejam ouvidas nas decisões globais sobre o clima.

O debate foi moderado por Baltasar Fernandez, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), e contou ainda com a participação de Antón Leis, diretor da Aecid; Darío Mejía, secretário técnico do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac); e Sara Omi, do Panamá.

Em sua fala, Guajajara destacou que esta é a maior participação indígena da história das conferências do clima, com cerca de 5 mil indígenas presentes em Belém, sendo 800 registrados na Zona Azul — espaço oficial de negociações da ONU — e 3,4 mil alojados na Aldeia COP, construída na Universidade Federal do Pará (UFPA) especialmente para acolher representantes dos povos originários. “Nós construímos com muita participação a maior e melhor participação indígena na história das COPs”, afirmou.

A ministra também destacou a criação de espaços voltados ao diálogo intercultural e à valorização dos saberes tradicionais, como o Círculo dos Povos, localizado na Zona Verde, e a realização da primeira cúpula de mulheres indígenas no Museu Goeldi, reunindo lideranças do Brasil e de outros países. Segundo ela, esses encontros reforçam o papel das mulheres indígenas nas discussões climáticas e ampliam o alcance das pautas socioambientais.

Guajajara lembrou ainda que a COP30 vai além das áreas oficiais de negociação, abrangendo diversos espaços de troca e mobilização em toda Belém. “A COP não é somente o que acontece aqui na Zona Azul. São muitos os espaços de diálogo. Ajudamos a organizar esses espaços para que todo mundo que chegasse a Belém pudesse se sentir incluído e acolhido”, disse.

Ao final, a ministra reforçou que o Ministério dos Povos Indígenas, criado em 2023, representa um marco histórico para o país e para o movimento indígena. Para ela, garantir presença efetiva e escuta ativa dos povos originários nas instâncias de decisão é essencial para enfrentar a crise climática de forma justa e sustentável.

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COP 30
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