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Éder Mauro chama prefeito de Parauapebas de 'vexame na COP 30' após agressão a jornalistas

"O maior estelionatário eleitoral da última eleição, Aurélio Goiano, de Parauapebas, aliado do PT, foi detido após agredir fisicamente um jornalista em pleno evento internacional”, disse o deputado federal Éder Mauro

O Liberal
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O delegado e deputado federal Éder Mauro publicou, em suas redes sociais, uma declaração classificando a agressão praticada pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano, contra jornalistas do Grupo Liberal, como “vexame na COP 30”. O prefeito agrediu jornalistas do Grupo Liberal. Escreveu Éder Mauro: “O maior estelionatário eleitoral da última eleição, Aurélio Goiano, de Parauapebas, aliado do PT e do mesmo partido de Janones, foi DETIDO após agredir fisicamente um jornalista em pleno evento internacional”.

A agressão que o jornalista Wesley Costa, da Rádio Liberal+, do Pará, sofreu do prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), ganhou repercussão nacional. O profissional estava atuando no estúdio da emissora na COP30 quando foi surpreendido pelo gestor municipal. O jornal O Globo publicou uma matéria na sua edição impressa neste sábado, 15. Mas anteriormente já havia publicado as informações no seu portal. Além disso, sites como UOL e CBN também repercutiram o caso.

De acordo com as publicações nacionais, algumas testemunhas afirmam que Wesley foi atingido por um tapa no rosto. Após o episódio, a organização decidiu suspender a credencial do político, que não poderá mais acessar a conferência. Após o tapa, jornalistas que presenciaram a ação no local acionaram a equipe de segurança, que conduziu o prefeito a uma área reservada. Costa recebeu atendimento no hospital montado na Blue Zone, área onde ocorrem os debates das autoridades na COP 30.

Em seguida, Wesley e a equipe da Rádio Liberal+ registraram Boletim de Ocorrência e deram seguimento aos procedimentos legais. A publicação do O Globo destaca que a agressão pode ter sido desencadeada após uma postagem do jornalista de Belém, que mostrava o prefeito em uma "conversa descontraída" com o ministro da Secretaria Especial da Presidência, Guilherme Boulos. Vale lembrar que Goiano é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pedido de descredenciamento

O advogado criminalista Luiz Araújo, que representa as três vítimas agredidas pelo prefeito de Parauapebas solicitou às autoridades o descredenciamento imediato do gestor municipal, para que ele não possa mais acessar o evento.

Segundo o advogado, as jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo foram “brutalmente agredidas” e atacadas em razão de serem mulheres, enquanto o repórter Wesley Costa levou um tapa no rosto durante transmissão ao vivo. Araújo afirmou que os três profissionais relataram se sentir ameaçados e inseguros para continuar trabalhando dentro da COP 30.

Ele explicou que a situação se agravou pelo fato de a equipe de segurança da ONU não poder deter o prefeito ou permitir a entrada imediata da polícia brasileira na Zona Azul, o que permitiu que o agressor deixasse o local sem ser conduzido a uma autoridade policial naquele momento.

Diante disso, Araújo solicitou às autoridades brasileiras medidas cautelares para proibir o prefeito de retornar ao espaço restrito, além de pedir oficialmente ao comando da COP 30 que retire o credenciamento de Aurélio Goiano, impedindo sua circulação pelo evento. O advogado também pediu garantias formais de segurança para que os jornalistas possam continuar exercendo sua função com liberdade e proteção.

Nota de repúdio

O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) publicou uma nota de repúdio contra o prefeito. “É inaceitável que a COP30, um espaço que deveria ser democrático, seja palco de violência contra jornalistas, contra a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional do jornalismo”, afirma o texto da entidade.

O Sinjor-PA reforça que não é possível discutir justiça climática e sustentabilidade enquanto profissionais da imprensa seguem sendo alvo de políticos que perpetuam práticas autoritárias e antidemocráticas. Segundo o sindicato, episódios como esse demonstram o quanto oligarquias regionais ainda reproduzem práticas coronelistas e colonialistas no Pará e na Amazônia como um todo.

Além de manifestar solidariedade ao jornalista Wesley Costa, o Sinjor também informou que colocou à disposição do profissional sua assessoria jurídica, para que as medidas legais cabíveis sejam adotadas.

A entidade cobra, ainda, que o sistema de segurança pública do Estado e a Justiça tomem as devidas providências e encaminhem responsabilização penal do prefeito Aurélio Goiano. Também exigem que a Câmara Municipal de Parauapebas abra processos administrativos disciplinares por quebra de decoro.

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