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Economia circular e indústria cervejeira são destaque no segundo dia da COP 30

Setor da cerveja é pioneiro no reuso de embalagens no Brasil, e ABDI defende a economia circular como ferramenta chave para a descarbonização da indústria

Gabriel da Mota
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A discussão sobre descarbonização da indústria e economia circular ganhou destaque nesta terça (11), segundo dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em Belém. O tema foi abordado no painel "Economia circular e clima: por que a forma atual de contabilizar emissões não funciona?", mediado pela Fundação Ellen MacArthur, no estande da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) na Green Zone.

Márcio Maciel, presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), esteve no painel da ABDI discutindo a circularidade no setor, destacando o case que o setor tem de reutilização de embalagens. 

"Hoje, 81% do peso das embalagens de vidro do setor cervejeiro são retornáveis e, de forma geral, 75% de todas as embalagens da indústria da cerveja são reutilizáveis. Ou seja, antes de reciclar, fazemos o reuso de muitas das embalagens. Isso é importante porque evita a emissão de mais carbono na atmosfera; emissões que a indústria da cerveja faz no Brasil desde os anos 1960", afirmou. 

image Márcio Maciel, presidente executivo do Sindicerv (Wagner Santana / O Liberal)

Maciel acrescentou que o setor é pioneiro no mundo nesse tipo de iniciativa e que é importante discutir o assunto para estimular regulações que incentivem a utilização de retornáveis. A participação do Sindicerv no fórum da ABDI visa também estimular regulamentações que incentivem a utilização de embalagens retornáveis, o que é crucial para a redução de emissões de carbono na atmosfera, segundo Maciel. 

“A indústria cervejeira é uma das maiores do Brasil e do mundo. Nosso país é o terceiro maior produtor mundial de cerveja. Se a gente traz nossa experiência para outras indústrias, o Brasil vai avançar muito na redução de emissões”, finalizou.

Descarbonização na indústria

Neide Freitas, assessora especial da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ressaltou que a agência trouxe para o evento a importante pauta da descarbonização na indústria. 

"Nós entendemos que a economia circular é a forma de fazer descarbonização da indústria na veia", pontuou.

image Neide Freitas, assessora especial da ABDI (Wagner Santana / O Liberal)

Em seu estande, a ABDI está apresentando uma tecnologia desenvolvida internamente que será adotada como tecnologia de governo para mensurar, rastrear e verificar resíduos (alumínio, plástico, minério, entre outros). A Agência também está divulgando um projeto de um complexo industrial do café no Acre, que reúne pequenos produtores em uma cooperativa e industrializa o produto, disponível para degustação na COP.

Expectativas para a conferência

A expectativa da ABDI é que o Brasil saia da conferência como um modelo de diferenciais competitivos na indústria, tornando-o líder mundial nessa agenda.

"A gente pretende sair dessa COP com esta convicção e, como disse o presidente Lula, implementando as mudanças necessárias, porque essa é a COP da implementação", concluiu Freitas, referindo-se ao Acordo de Paris e à necessidade de tornar as definições parte do cotidiano na indústria e na vida dos cidadãos

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