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'Depressão pós-COP 30'? Saiba como lidar com a tristeza após o fim do evento

Psicóloga explica por que o vazio depois da conferência climática é comum

Hannah Franco
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A COP 30 chegou ao fim em Belém e deixou, além do impacto histórico, um sentimento de vazio em muitos moradores que viveram dias intensos de programação. Durante a conferência, a cidade recebeu debates, encontros culturais e uma agenda cheia de atividades paralelas, o que movimentou turistas e paraenses. Com o fim do evento, surge uma sensação de melancolia que muitos não esperavam.

Segundo a psicóloga Letícia Chagas (CRP 06100/10), essa tristeza é comum e acontece depois de períodos de grande expectativa e intensidade. Ela compara o fenômeno ao que ocorre após um show, festival ou qualquer evento muito esperado. “A pessoa passa muito tempo se planejando, se adaptando, se preparando para aquilo. Vive tudo de forma intensa, com muita adrenalina e paixão. Quando acaba, vem esse sentimento que é um luto mesmo”, explica.

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Sensação agridoce após o fim da COP 30

A psicóloga afirma que o sentimento mistura orgulho, realização e perda. “A gente aprende muito sobre o luto no amor, mas existe o luto de finalização de ciclo.”

“É agridoce: foi muito bom, eu esperei, vivi aquilo intensamente… e agora acabou”, diz.

No caso da conferência, Letícia destaca ainda o peso emocional da visibilidade que a cidade e o Estado receberam. “Depois de muito tempo, os olhos estavam em Belém, estavam no Norte. Dá orgulho ver a cidade bonita, os eventos acontecendo, a importância do que estava sendo discutido”, afirma.

Por que esse vazio aparece?

Para a especialista, parte da tristeza vem do fato de que grandes eventos não podem ser revividos. “Uma coisa que dói muito é justamente o ‘não poder viver de novo’. Quando teremos algo assim de novo?”, comenta.

Segundo ela, compreender que esse sentimento é normal ajuda a aliviar o impacto emocional. “É entender o que esse ciclo significou individualmente, culturalmente e socialmente”, diz.

Como lidar com a melancolia pós-COP 30

Letícia orienta que o processo exige paciência e acolhimento. Entre as recomendações, ela destaca:

  • Dar tempo ao tempo;
  • Reconhecer que a sensação é normal;
  • Valorizar o orgulho que o evento despertou;
  • Identificar o que ficou de positivo na cidade;
  • Entender que a tristeza é parte do fechamento de um ciclo.

A psicóloga reforça que a melhor forma de lidar com o vazio é compreender o impacto da experiência e permitir que a rotina se reorganize aos poucos.

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