Cristo Redentor recebe projeção que marca 100 dias para a COP 30 em Belém
Símbolo do Brasil se torna vitrine da Amazônia enquanto o Pará mostra avanços em obras, qualificação e novos espaços urbanos para a conferência do clima

Desde as 21h deste sábado (2), o monumento ao Cristo Redentor está iluminado com uma projeção que marca os 100 dias que faltam para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro. A exposição, resultado da parceria entre o Governo do Pará e o Santuário Cristo Redentor, levou ao principal cartão-postal do Brasil imagens da Amazônia, reforçando o papel central da floresta para o equilíbrio climático do planeta, além de imagens dos povos originários, de animais, das bandeiras do Brasil e do Pará e da logomarca oficial da conferência. A instalação visual segue até às 23h.
O gesto no Rio ecoa os resultados concretos no Pará. Em Belém e na Região Metropolitana, mais de 30 obras estruturantes estão em andamento, mudando a vida de milhões de pessoas. São investimentos em saneamento, mobilidade, áreas verdes e qualificação profissional que preparam a cidade para receber representantes de mais de 190 países e, ao mesmo tempo, deixam uma infraestrutura permanente para a população.
Parque da Cidade: coração sustentável da COP 30
Erguido na área de um antigo aeroporto, o Parque da Cidade é hoje o espaço urbano mais moderno da Amazônia e será a sede da COP30. Com 93% da Etapa COP concluída, o parque já abriga um lago, ciclovias, parque aquático com toboáguas e piscinas interativas, áreas esportivas e 2,5 mil árvores plantadas, além dos prédios do Centro de Economia Criativa e do Centro Gastronômico.
O projeto foi pensado para ser sustentável desde a origem, com captação de água da chuva, iluminação em LED, arborização em larga escala e áreas de reflorestamento. Em pouco mais de um mês de abertura parcial, já recebeu meio milhão de visitantes e sediou a maior colônia de férias pública da Amazônia, com 10 mil crianças e idosos.
A partir de agosto, o Parque da Cidade será adaptado para receber a Blue Zone, destinada às negociações oficiais entre países, e a Green Zone, com programação aberta à sociedade civil, cientistas e movimentos sociais.
Porto Futuro II: cultura e bioeconomia na orla
Outro eixo da renovação urbana é o Porto Futuro II, com 93% das obras concluídas. O complexo abrigará o Museu das Amazônias, o Parque de Bioeconomia e Inovação e o Museu da Caixa — a primeira unidade da Caixa Cultural no Norte —, consolidando um novo polo de turismo, cultura e negócios sustentáveis para Belém.
Mobilidade e saneamento que transformam a cidade
As obras de macrodrenagem e saneamento avançam nas bacias do Tucunduba, Una, Murutucu e Tamandaré. A requalificação de 13 canais ataca um dos maiores problemas da capital: os alagamentos. Entre os que estão em fase final de entrega — Nova Doca (93%), Nova Tamandaré (88%), Gentil (98%) e Marambaia (87%) —, o impacto direto beneficiará 500 mil moradores com esgotamento sanitário, redução de enchentes e valorização urbana.
Na mobilidade, três viadutos já foram entregues, o quarto está em fase final, e o BRT Metropolitano alcançou 85% de execução, modernizando a BR-316 com ônibus elétricos e Euro 6, de baixa emissão. O Viário Belém COP30 também avança com pavimentação, nova sinalização e requalificação de mais de 150 ruas, conectando bairros periféricos e áreas centrais.
Capacita COP30: formação profissional para além do evento
O Capacita COP30 é outra frente estratégica. O programa já qualificou 22 mil trabalhadores em mais de 100 cursos voltados a turismo, infraestrutura e serviços, em parceria com Sest/Senat, Sebrae, Coca-Cola, Cielo e mais de 25 instituições públicas e privadas. A iniciativa amplia as oportunidades de emprego durante a conferência e cria competências permanentes para a economia local.
A projeção no Cristo Redentor é uma síntese da virada de página: a Amazônia no centro das atenções globais e Belém em transformação acelerada. O Pará chega à reta final para a COP30 com obras avançadas, novos espaços urbanos, trabalhadores qualificados e resultados ambientais históricos — um legado urbano, social e ambiental que vai muito além dos 12 dias de conferência e projeta a região como referência no debate climático.
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