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COP Talks: reitor da UFPA e arquiteta alertam para a efetividade dos acordos internacionais

Gilmar Pereira e Taynara Gomes debateram o legado da COP 30, questionando a superficialidade do debate sobre a Amazônia e o baixo avanço em acordos globais

Gabriel da Mota
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O segundo painel do COP Talks, evento promovido pelo Grupo Liberal na noite desta quinta-feira (25), abordou "O Legado da COP 30 na Amazônia e no Mundo". Os convidados foram Gilmar Pereira da Silva, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), e a arquiteta e urbanista Taynara Gomes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará (CAU/PA). Os especialistas trouxeram questionamentos contundentes sobre a superficialidade do debate climático e a baixa efetividade dos acordos internacionais. O debate foi mediado pela jornalista Nélia Ruffeil.

Gilmar Pereira da Silva trouxe uma crítica direta àqueles que defendem a Amazônia "sem viver a Amazônia", com base apenas em teorias. O reitor observou que, desde a Rio-92, o debate principal tem sido a Amazônia, mas a realização da COP 30 em Belém oferece uma oportunidade única por ser no próprio território.

No entanto, ele questionou a polêmica sobre a falta de hotéis de alto padrão na capital, que virou centro do debate. "Me surpreende muito as pessoas fazerem um discurso em defesa da Amazônia, pessoas que estudam a região mas não querem ficar aqui por uma semana se não for num hotel de cinco estrelas e barato", questionou, apontando a hipocrisia de alguns discursos. "Esse é o primeiro desafio que a gente precisa enfrentar", disse.

Lacunas e baixo financiamento

Taynara Gomes, presidente do CAU/PA, avaliou que as últimas COPs têm sido marcadas por "lacunas e decepções" em relação a avanços concretos nos acordos. Ela citou diretamente o encontro anterior. “A COP passada foi um fiasco de financiamento climático", afirmou, explicando que a movimentação financeira ficou aquém do esperado.

A arquiteta demonstrou otimismo, no entanto, em relação ao encontro em Belém. “Existia uma expectativa de movimentação financeira muito maior daquilo que foi, e agora a gente está muito perto para conseguir, de fato, pressionar e monitorar. Eu tenho essa expectativa de que o saldo seja bem maior”, concluiu.

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COP 30
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