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COP 30: Green Zone movimenta o Parque da Cidade com tecnologia, cultura e diálogo

A Zona Verde tem se firmado como um ponto de encontro de ideias, identidades e esperanças

Gabriel Mota e Bruna Lima

A terça-feira (11) foi de intensa movimentação na Green Zone da COP30, espaço aberto ao público instalado no Parque da Cidade, com entrada gratuita pela Avenida Senador Lemos, em Belém. A área, também conhecida como Zona Verde, tem sido um dos pontos mais vibrantes da conferência, reunindo estandes de empresas, universidades, startups, instituições públicas e movimentos sociais, todos com um propósito comum: discutir soluções e compartilhar experiências para um planeta mais sustentável.

O público pode participar de atividades interativas, exposições, painéis, mostras culturais e apresentações artísticas, em um ambiente que mistura tecnologia, ciência, fé, cultura e engajamento ambiental.

A entrevistadora social Casiana Cordeiro, 57 anos, moradora de Belém e estudante de Pedagogia na UEPA, destacou a importância de sediar um evento desse porte na Amazônia:

“Tô achando o evento bem organizado. É muito importante discutir o clima, porque as pessoas tentam fugir desse assunto, mas precisamos encarar. E que bom que esse evento está sendo feito aqui, no coração da Amazônia, em Belém, que está recebendo muito bem. Talvez eu não veja as mudanças, mas espero que minha neta e as futuras gerações possam viver em um clima melhor”.

Cassiana também elogiou a infraestrutura do espaço e ressaltou o papel da cultura popular na programação. “O Boi Vagalume foi o ponto alto. A chegada dos povos indígenas foi impactante. A gente precisa olhar para esse povo da floresta com mais atenção e respeito”.

Para Luciana Neves, 20 anos, estudante que visitava a Green Zone com a mãe, a experiência é inédita. “É a primeira vez que a gente vem, e é uma expectativa enorme, porque é um evento que nunca aconteceu na cidade. Aqui tem muitas coisas diferentes e novos conhecimentos sobre a Amazônia”, destaca a jovem.

Ela conta que uma das atrações mais curiosas foi um estande que transforma movimento em energia. “A gente subiu descalço e, com o toque das mãos, dava pra gerar energia elétrica. É uma alternativa sustentável e muito legal”.

Luciana também destaca a importância da COP30 para Belém. “Traz investimentos, melhorias e faz a gente discutir os problemas da Amazônia de forma mais evidente”.

O presidente da Associação das Universidades Amazônicas (Unamaz), José Lourenço, celebrou o fato de a COP30 acontecer na região. “É uma oportunidade imensa. Temos aqui embaixadas, agências de fomento e bancos de desenvolvimento como o BNDES e o BID. Queremos sair deste evento com apoio concreto, com recursos que permitam desenvolver o que eu chamo de ‘inteligência amazônica’. Existe vida inteligente na região, e é isso que estamos mostrando”.

Lourenço também mencionou a presença da Biotech Amazônia, iniciativa sediada em Belém com filial no Amapá, que busca transformar conhecimento científico em inovação tecnológica com impacto socioambiental positivo.

Tecnologia e fé lado a lado

Entre as experiências mais emocionantes da Green Zone está a da empresa Simulated Reality, da Califórnia, representada pelo CEO Danilo Moura Silva. O projeto leva o público a uma imersão virtual em experiências religiosas, como o Círio de Nazaré, o Vaticano e o Santuário de Lourdes.

“É muito bonito ver a emoção das pessoas. Muitas nunca estiveram no Vaticano ou tão perto da Berlinda, uma área restrita ao clero. Essa tecnologia permite que elas se sintam pertencentes à procissão do Círio na sua plenitude”, contou Danilo.

Ele explica que o projeto nasceu há dez anos como uma forma de agradecimento e hoje se expande em parceria com o Ministério do Turismo, a Diretoria da Festa de Nazaré e a Basílica Santuário. “É um orgulho poder compartilhar e dar esse acesso tão restrito a todas as pessoas que visitam o museu”.

Diversidade e engajamento definem a Zona Verde

A Green Zone segue aberta durante toda a COP30, com uma programação que inclui painéis sobre economia circular, arte sustentável, empreendedorismo social e experiências interativas que mostram como tecnologia, ciência e cultura podem caminhar juntas em prol do planeta.

Mais do que um espaço de exposição, a Zona Verde tem se firmado como um ponto de encontro de ideias, identidades e esperanças, uma amostra viva de que o futuro sustentável nasce do diálogo entre saberes tradicionais e inovação.

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