COP 27: Juventude pede por conselho próprio dentro do Consórcio da Amazônia

Carta foi elaborada por onze organizações de jovens ativistas pelo clima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e entregue ao governador Helder Barbalho

Alice Martins
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Em nome do Consórcio Interestadual da Amazônia, o governador do Pará, Helder Barbalho, recebeu na terça-feira (15) uma carta entregue por jovens da região, que demanda a criação de um conselho de juventude, com o objetivo de que essa parcela da população seja incluída na tomada de decisão da região.  O documento foi elaborado por onze organizações de jovens ativistas pelo clima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 27, que está sendo realizada em Sharm El Sheikh, no Egito.

"Nós queremos que as nossas visões também estejam nesse lugar do estado, onde a política parte com mais potência e pode chegar a toda a nossa sociedade ", explica Vitória Pinheiro, de 26 anos, do Amazonas, diretora da ONG Palmares Lab Action. Hannah Balieiro, de 27 anos, diretora do Instituto Mapinguari, do Amapá, também foi uma das pessoas que elaborou a carta.“Essa é a primeira COP em que nós temos um espaço específico para o Consórcio da Amazônia e acho que isso é muito crucial nesse momento. A minha expectativa é que a gente consiga ter esse relacionamento em redes da sociedade civil com os governos subnacionais para que possamos caminhar juntos. A COP é sobre isso, fazer parcerias”, avalia.

A carta da Amazônia também foi citada em reunião desta quinta-feira (17) com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entregue a Marina Silva, deputada-federal eleita e ex-ministra do meio ambiente.

Leia a carta na íntegra:

Esta carta destina-se ao Consórcio  Interestadual Amazônia Legal

Nós, Organizações de juventude da sociedade civil da Amazônia Legal, acreditamos que cada uma das partes da sociedade têm seu papel no combate à Crise Climática. Por isso, entendemos como compromisso prioritário a inclusão e participação da Sociedade Civil e das populações da Amazônia Legal para contribuir no processo de planejamento, elaboração e implementação dos projetos do Consórcio Interestadual da Amazônia  Legal, como forma de garantir que o processo de transição climática se torne mais justo. Tornando assim, mais eficaz o trabalho executado, com uma comunicação e relação mais transparentes entre os governantes e a população.

Se a Amazônia Legal constitui um território e ambiente favorável de protagonismo juvenil, entendemos que é um passo importante que Vossas Excelências, integrantes do Consórcio da Amazônia Legal, assumam o compromisso e se juntem a nós, que protagonizamos,  potencializamos e articulamos a defesa do território.

A superação dos desafios em meio à emergência climática precisa ser apoiada por Políticas Públicas integradas, nos estados que compõem a Amazônia Legal. Em observância à Lei de Acesso à Informação (L12.527), de 18 de Novembro de 2011, na qual a autarquia está submetida, compartilhamos as seguintes recomendações a serem firmadas pelos representantes do Consórcio:

1. Criar um Conselho Jovem do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, visando garantir a participação das Organizações da Sociedade Civil, entendendo que estas geram soluções sociais e ambientais inovadoras e devem ser corresponsáveis nas tomadas de decisão que incidem no território amazônico;

2. Promover um sistema de informações robusto, transparente e convidativo para a discussão qualificada e o controle social sobre os projetos que serão implementados  pelo Consórcio.

 

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