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Obra da COP 30 na Doca gera expectativas de moradores e vendedores

Moradores e comerciantes locais projetam benefícios econômicos, estéticos e sociais com a quase conclusão das obras na Doca, em Belém, em meio à contagem regressiva para evento climático.

Jéssica Nascimento
fonte

Com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) a apenas 62 dias do início, Belém se prepara para o evento internacional com diversos projetos estruturais. O Parque Linear da Doca de Souza Franco, uma das obras preparatórias para o evento, está com 97% da estrutura concluída. Entre as ações, estão a despoluição do canal, paisagismo, construção de quiosques, mirantes, ciclovia e academia ao ar livre. No entanto, as transformações que estão em andamento na Avenida Doca de Souza Franco geram expectativas variadas entre moradores e empreendedores locais

image (Foto: Thiago Gomes)

Desafios iniciais: a transição de um espaço de trabalho

Para os comerciantes que atuam na Doca e próximo a ela, a obra foi um período desafiador, mas com grandes esperanças para o futuro. Alessandra Pinheiro, cozinheira em um ponto de lanche da avenida, compartilha o impacto imediato das obras em seu negócio. 

image Alessandra Pinheiro. (Foto: Thiago Gomes)

“Os clientes deram uma afastada devido ao barulho, à poeira, ao transtorno, né? Mas estamos acreditando que com a conclusão da obra os clientes retornem de novo”, diz ela.

A expectativa é que, com o fim das obras, o fluxo de clientes seja restaurado e até aumente

“Esperamos que a obra traga mais turistas para Belém, aumentando o movimento e as vendas. Com a conclusão da obra, acreditamos que o ambiente será mais confortável tanto para os clientes quanto para nós, empreendedores”, afirma Alessandra.

Ana Menezes, chef de cozinha e dona de um restaurante próximo à Doca, também vê a obra com otimismo. Para ela, o impacto já está sendo sentido: 

“Os operários da obra vieram aqui para comer com a gente, o que já ajudou. Acredito que, até a conclusão, o movimento vai melhorar bastante. Já estamos recebendo turistas de várias partes, como Maranhão, Manaus, Fortaleza e até da Europa.”

Com a chegada de novos visitantes e o aumento do fluxo de turistas para a cidade, a esperança é de que o comércio local seja impulsionado. Ana Menezes espera que, até outubro, a obra esteja concluída, o que deve proporcionar um aumento de 100% no número de clientes no estabelecimento.

image Ana Menezes. (Foto: Thiago Gomes)

Transformação para os moradores: um espaço de lazer e valorização imobiliária

Para os moradores da região, como João Gomes, professor e frequentador assíduo da Doca, a obra representa um significativo legado de valorização imobiliária

“Para quem mora aqui, sem dúvida, há uma valorização profunda. Esse tipo de obra sempre causa um impacto positivo nas áreas circundantes”, afirma João.

No entanto, ele também aponta que nem todos os impactos são igualmente distribuídos

image João Gomes. (Foto: Thiago Gomes)

“A obra traz mais benefícios para quem mora na área da Doca, uma população de classe média alta. Para outras regiões mais afastadas, o impacto parece ser menor, além de ser um espaço essencialmente de lazer e sociabilidade”, explica.

A mudança estética da região também é algo comentado. Para João, embora a obra tenha o mérito de proporcionar um espaço mais bonito e organizado, a presença de metal e a falta de arborização são aspectos que ainda deixam a desejar.

image  (Foto: Thiago Gomes)

“Eu não considero muito apropriado, há um excesso de metal e falta de verde. Mas ainda assim, vai beneficiar a população local e aqueles que vivem nos arredores.”

Socorro Vilhena, autônoma e moradora do bairro do Reduto há 42 anos, acredita que a obra vai dar um novo aspecto à Avenida Doca. Para ela, os principais benefícios são a melhoria estética e a paisagem

image (Foto: Thiago Gomes)

“O principal benefício que a obra vai me deixar é a paisagem. A Avenida Doca precisava disso, e essa transformação vai ser positiva para todos, principalmente para os moradores da área.”

No entanto, como bem observou João Gomes, a verdadeira mudança está no uso do novo espaço. “A obra precisa ser, acima de tudo, um local de socialização e lazer para a população. A conclusão desse projeto precisa ser rapidamente disponibilizada para que a cidade aproveite ao máximo”, disse. 

 

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COP 30
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