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Belém promete reformas e investimentos pensando na COP 30

Belém recebeu recentemente recursos da Caixa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Parte dos valores serão utilizados na preparação para o evento.

O Liberal

A primeira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, também conhecida como COP (Conferência das Partes), ocorreu em 1995, em Berlim, Alemanha. Na época, embora reunisse líderes mundiais e especialistas, o evento não demandava tanta preparação da cidade sede. Hoje se tornou um evento de nível global, capaz de alterar para sempre elementos como infraestrutura, turismo e transporte das cidades que o sediam.

Em Belém, a expectativa para a COP 30, que acontece em 2025, é a de ‘dar e receber’. Governos federal e estadual se únem em esforço para conseguirem mostrar as potencialidades amazônicas aos olhos do planeta, mas, ao mesmo tempo, também esperam que a capital paraense ganhe uma profunda e eterna transformação em diversos setores. O planejamento do poder público e do setor privado está integralmente focado na COP 30. Belém recebeu recentemente recursos da Caixa Econômica na ordem de R$ 50 milhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou esta semana um pacote de R$ 5 bilhões, valores que serão utilizados na preparação para o evento.

“A decisão política de realizar a COP em Belém exigirá das autoridades investimentos para preparar a cidade, porque trata-se de receber chefes de estados e grandes empresas e nós temos uma infraestrutura preparada para cumprir esse papel. Mas precisamos de investimentos para modernizar e ampliar nossa estrutura turística e hoteleira; que na região metropolitana alcançaria algo em torno de 30 mil leitos de hotéis. Talvez precisemos de crédito para as empresas se modernizarem e ampliarem as instalações. Possivelmente precisaremos da locação de navios transatlânticos para funcionar como hotéis no período da COP. Há muito a ser feito”, diz Edmilson Rodrigues (Psol), prefeito de Belém.

Boulevard da Gastronomia

O BNDES anunciou esta semana um pacote de R$ 5 bilhões para o Pará, visando investimentos realizados na preparação para a COP 30. Projetos como o Boulevard da Gastronomia, criados antes do anúncio do evento, atualmente estão sendo executados para atender a demanda do evento. O Empreendimento da Prefeitura de Belém em parceria com os empresários da área do Boulevard Castilho França, executado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), tem previsão de ser concluído em 12 meses e entregue à população ainda no segundo semestre de 2023.

A obra deve custar R$5 milhões e contará com áreas de convivência, ciclofaixa, recuperação das praças e dos casarões e quiosques para se apreciar a gastronomia paraense. O projeto é assinado pelo arquiteto Raul Ventura.

“O ideal para que consigamos alcançar as metas impostas para um evento com brilhantismo é o trabalho em conjunto dos setores privado e público. Esse é o momento na cidade de Belém. Existem as obras de infraestrutura por parte do setor público que precisam ser realizadas, que precisam ser colocadas em prática e que atendam as necessidades das pessoas que vêm participar do evento, e também existem as demandas do setor privado, que já começa a agir. A expectativa, tanto para durante o evento como na herança que a cidade vai ganhar, é a melhor possível”, diz Fernando Soares, Assessor Jurídico do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará.

Mercado de São Brás

Outro projeto, que era antigo e que hoje está sendo pensado para a COP 30, é a obra de revitalização e requalificação do prédio centenário do Mercado de São Brás. A prefeitura de Belém informou que iniciou o projeto e que o empreendimento vai receber parte do recurso adquirido pela Prefeitura de Belém junto à Caixa Econômica Federal (CEF), que é de R$ 50 milhões.

O projeto prevê uma área de lazer, com restaurantes e mezanino, além de espaços para manutenção dos cerca de 193 pequenos comerciantes, que já atuam no mercado como permissionários. A empresa responsável pela obra concluiu a construção da Feira Provisória, no último dia 26, para abrigar os comerciantes do mercado durante a obra de revitalização do complexo.

Saneamento

Além dos empreendimentos para a COP-30, o desenvolvimento de infraestrutura e saneamento, segundo a prefeitura, também estão nos planos. O Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben) recebeu investimentos de R$ 26 milhões para construção da Estação de Tratamento de Esgoto do Sistema de Esgotamento Sanitário e mais R$ 80 milhões investidos em redes de esgoto.

Ainda no Promaben são construídas a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), no Jurunas, e um Conjunto Habitacional e Comercial, com 224 unidades de moradia e 44 unidades comerciais, a Unidade de Referência de Vigilância de Doenças Tropicais Negligenciadas (Urvet). Estão previstas ainda a duplicação da avenida Bernardo Sayão, a Bacia de Detenção da Ilha Bela, na Cremação, e as obras de saneamento e urbanização do Miolo do Jurunas.

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