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Belém ganha Ponto BB como legado da COP e amplia protagonismo em crédito verde

Executivos destacam R$ 2 bilhões destinados à bioeconomia, expansão de projetos de carbono e ações culturais e tecnológicas que aproximam a população da agenda climática

Gabriel da Mota
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O Banco do Brasil reforçou nesta quarta-feira (19), durante visita ao Grupo Liberal, que Belém deixará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) com um legado estruturante: a inauguração do Ponto BB, primeiro espaço conceito do banco na região Norte. Previsto para dezembro, o local próximo à Estação das Docas reunirá serviços financeiros, programação cultural, exposições de arte e uma curadoria permanente inspirada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O espaço integra o circuito oficial da conferência e marca a presença definitiva do BB na agenda de sustentabilidade e cultura da cidade.

Além da entrega física, o banco apresentou um conjunto de iniciativas que ampliam o alcance de suas operações verdes no país, com destaque para a Amazônia. Segundo José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial, a instituição já destinou R$ 2 bilhões em financiamentos para bioeconomia, distribuídos em todo o Brasil, mas com prioridade clara para a região. “A grande maioria está na Amazônia, e o principal é o Pará”, afirmou.

O programa começou no Estado em abril do ano passado e já inclui extrativistas, pequenos agricultores, comunidades ribeirinhas, povos originários, quilombolas e agricultores familiares. Castanha-do-pará, açaí, cacau, pescado e insumos para cosméticos compõem o núcleo das cadeias financiadas. A lógica é fortalecer a produção sustentável e transformar ativos florestais em renda.

Crédito de carbono

O Banco do Brasil atua também em outra frente estratégica: o mercado de crédito de carbono. Hoje, a instituição opera projetos em áreas privadas — aproximadamente 860 mil hectares preservados — e avança em parcerias com territórios indígenas e reservas extrativistas. Entre os anúncios recentes estão acordos com os povos Suruí, que possuem 260 mil hectares entre Rondônia e Mato Grosso, e com a Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre.

A nova legislação que regulamenta o mercado brasileiro abre espaço para que estados gerem créditos jurisdicionais, ampliando o papel de regiões com vasta cobertura florestal, como o Pará.

“Há grandes possibilidades com o mercado regulado. Estamos estruturando nossa mesa de comercialização de créditos para conectar quem gera e quem precisa compensar emissões”, explicou Sasseron.

O lançamento da mesa está previsto para o início de 2026.

A instituição, eleita seis vezes em sete anos o banco mais sustentável do mundo, mantém hoje uma carteira de crédito de aproximadamente R$ 1,3 trilhão, dos quais R$ 400 bilhões são classificados como sustentáveis — auditoria independente que, segundo a direção, nenhuma outra instituição financeira do país possui em mesma escala. “Queremos aprofundar essa transição rumo a uma economia de baixo carbono”, disse o executivo.

COP 30

Para além dos anúncios técnicos, o banco também buscou aproximar o público da experiência climática da COP. José Alves, executivo da Ação Estratégica COP 30, destacou iniciativas no estande do BB na Green Zone, que reúne debates diários, painéis e apresentações. A programação inclui realidade virtual que leva visitantes à ilha de Arapiranga, onde o banco apoia empreendimentos de sociobioeconomia; uma “árvore” interativa movida por inteligência artificial; e a exposição de fotógrafas paraenses, parte do circuito cultural que será incorporado ao Ponto BB de Belém.

“A recepção tem sido excelente. Há interesse pelos conteúdos, pelas interações e pelos anúncios. Temos fila permanente tanto para a experiência de realidade virtual quanto para a árvore”, relatou Alves.

O banco também promove ações esportivas e culturais na cidade, como a ativação marcada para esta quinta-feira (20) com atletas parceiros, incluindo o skatista Bob Burnquist.

Para os executivos, o conjunto de iniciativas confirma o papel estratégico de Belém num momento em que a Amazônia ocupa o centro da geopolítica ambiental global. José Ricardo Sasseron e José Alves, acompanhados pelo executivo de imprensa do BB, Alessandro Pereira, foram recebidos por Ney Messias Jr., diretor de Entretenimento e Rádio Web do Grupo Liberal, e Anne Pereira, gerente comercial do Grupo Liberal.

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COP 30
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