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Angela Mendes defende participação de comunidades amazônicas na COP 30

Presidente do Comitê Chico Mendes cobra responsabilidade dos países do Norte Global e valorização de quem vive no território

Gabriel da Mota

A presidente executiva do Comitê Chico Mendes, Ângela Mendes, afirmou que a expectativa para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025 em Belém, é que os países do Norte Global assumam a responsabilidade histórica pelas emissões de gases de efeito estufa. Para ela, esse compromisso precisa se traduzir em recursos e condições reais para que as populações amazônicas possam enfrentar os impactos da crise climática.

“Os países que de fato poluem precisam assumir essa responsabilidade e garantir recursos para as adaptações necessárias ao tempo que a gente está vivendo de intensa crise climática”, disse. Angela reforçou que, além de medidas financeiras e técnicas, é fundamental reconhecer o papel das comunidades que já vivem e protegem os territórios.

“Gostaríamos que as vozes de quem realmente está no território, de quem entende das soluções, também fossem ouvidas”, completou.

image Angela Mendes, presidente do Comitê Chico Mendes, durante painel do Global Citizen Now Amazônia, realizado em julho em Belém (Thiago Gomes / O Liberal)

Ela lembrou que os povos tradicionais detêm conhecimentos essenciais para lidar com os desafios ambientais e que essas contribuições ainda não são plenamente incorporadas nos processos de decisão. Para Angela, a presença ativa dessas populações na conferência deve ir além da representatividade simbólica, influenciando diretamente os compromissos firmados entre os países.

A ambientalista citou como exemplo de avanço a realização de encontros preparatórios, como o Global Citizen Now Amazônia, realizado no último 24 de julho em Belém, que têm permitido a troca de experiências e a projeção das demandas locais para públicos mais amplos. “Espaços como esse têm a potencialidade de ampliar nossas vozes e chamar atenção para temas que são cruciais”, afirmou, destacando a importância da repercussão que esses debates alcançam fora da Amazônia.

Segundo Angela, garantir participação efetiva e voz ativa para as comunidades amazônicas é decisivo para que a COP 30 deixe um legado concreto. “A grande expectativa é que as pessoas possam participar e ter voz ativa nesse lugar”, disse, ao defender que as soluções já praticadas nos territórios sejam reconhecidas e valorizadas como parte essencial do enfrentamento à crise climática global.

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