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Setor mineral gera emprego e renda

Projeto “Conexão Mineral”, com apoio da Vale, destacou inovações, tecnologias e oportunidades do segmento

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A indústria da mineração tende a ser uma das grandes responsáveis por oferecer oportunidades de emprego e renda para a população nos próximos anos. Para fomentar o debate, o projeto Conexão Mineral, realizado pelo Grupo Liberal com apoio da Vale, apresentou uma série de dez reportagens especiais sobre as perspectivas, inovações tecnológicas e oportunidades de trabalho na indústria da mineração no estado do Pará.

De julho de 2020 a maio de 2021 o Conexão Mineral promoveu um amplo debate que envolveu professores, especialistas, estudantes e sociedade. Além das reportagens publicadas no jornal O Liberal e no portal OLiberal.com, o projeto contou ainda com uma série de podcasts que trouxeram temas como: indústria da mineração, mercado de trabalho e novas tecnologias no setor.

Para encerrar a primeira temporada do projeto foi realizada, no dia 27 de maio, a primeira edição da live “Conexão Mineral”. O evento, feito de forma digital e gratuita, teve como tema central "As oportunidades do Mercado da Mineração no Pará” O bate-papo abordou as perspectivas, mercado, inovações tecnológicas e oportunidades de trabalho oferecidas pela indústria da mineração. 

image O geólogo e professor doutor titular da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da UFPA, Edvaldo Pinto, é um dos convidados do evento (Divulgação/Vale)

Os especialistas convidados do evento foram Edvaldo Pinto, geólogo e professor doutor titular da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (IG/UFPA); Marcondes Lima, doutor em Mineralogia e Geoquímica e professor titular recém aposentado da UFPA; e Rodrigo Barjonas, engenheiro de Minas e Meio Ambiente e professor no Curso Técnico em Mineração do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Belém.

"Trazer discussões acerca do setor mineral, as oportunidades de mercado geradas e o surgimento das novas tecnologias na mineração é de grande importância para a sociedade", ressalta Rodrigo Barjonas. "A sociedade precisa conhecer mais de perto o setor produtivo, além de incentivar a capacitação e surgimento de novos profissionais, seja no campo das engenharias ou nas áreas técnicas".

A mediação do evento ficou a cargo da jornalista Cinthia Gatti, que comenta a importância de debater o tema. “A abertura de novos empregos assim como a capacitação de profissionais são desafios que a mineração precisa debater e avaliar, além de prospectar as relações e projetos futuros”, pontua ela. A live está disponível na íntegra em OLiberal.com/conexaomineral. Na área especial do projeto também é possível ter acesso a todo conteúdo produzido no Conexão Mineral.

Oportunidades

Atividade com rica área de atuação profissional, a mineração emprega diversos perfis de diferentes segmentos e níveis de conhecimento. De janeiro a dezembro de 2020, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Pará foi o estado que mais gerou empregos formais no setor extrativo mineral. O levantamento foi feito por meio do Observatório do Trabalho do Pará, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

No Brasil, o estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), mostra que de dezembro de 2019 até agosto de 2020 o setor mineral criou quase 3 mil vagas diretas, totalizando quase 180 mil empregos. Ao se somar os indiretos, o total de empregos no setor avança para mais de 2 milhões.

“O setor mineral é bastante abrangente quanto a questão de formação dos profissionais”, avalia Rodrigo Barjonas. “As oportunidades de trabalho para os jovens iniciam normalmente a partir de um programa de estágio na área, seja técnica ou de engenharia. Atualmente há oportunidades em diversas áreas do conhecimento que atuam direta e indiretamente com a mineração”.

Dentre os cursos, Rodrigo destaca Técnico em Mineração, Geologia, Eletrotécnica, Mecânica, Meio Ambiente e Química. Já os cursos superiores que mais estão presentes no setor mineral, segundo ele, são a Geologia e as Engenharias de Minas, Química, Mecânica, Ambiental, de Produção e Metalúrgica.

Para quem busca uma oportunidade no setor mineral, o docente deixa algumas dicas. “Os principais perfis que os jovens precisam ter para conseguirem uma oportunidade na área é serem proativos; interessados no trabalho; objetivos; responsáveis; qualificados; fluentes em idiomas (de preferência); fluentes digitais (saber utilizar com facilidade os softwares básicos como Word, Power Point e Excel)”.

Futuro aponta para chamada indústria 4.0

Além da mão de obra qualificada, nos próximos anos, a tendência é aliar ainda mais a tecnologia aos processos produtivos. A transformação deverá ter como principais efeitos o aumento da produtividade, com redução de custos, controle sobre os processos produtivos e customização da produção.

“Para o futuro da mineração no nosso estado espera-se um grande avanço na chamada Indústria 4.0, um grande salto tecnológico que leva à robótica e à automação à potência máxima", diz Rodrigo. “Indústria 4.0 é um conceito que engloba automação e tecnologia da informação, além das principais inovações tecnológicas desses campos”, explica.

A indústria 4.0, também chamada de 4ª revolução industrial, engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas como inteligência artificial e robótica. Por meio de um projeto de alta tecnologia, o governo alemão deu origem ao termo, que compreende o grau máximo de digitalização da indústria.

No Pará, a adesão dos modelos ainda está em fase inicial, mas deve aumentar nos próximos anos. “Em breve teremos com mais evidência caminhões autônomos trafegando na mina, perfuratrizes autônomas perfurando as rochas, tratores controlados remotamente à distância, tecnologias que pensamos estar longe, mas que já são realidade no Brasil”, diz Rodrigo.

Mineração é um dos principais motores de crescimento da região 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o faturamento do setor de mineração no Brasil somou R$209 bilhões em 2020. Apenas no terceiro trimestre do ano anterior, o faturamento somou 50,7 bilhões. Nesse período, o Pará contribuiu com 43%, o que corresponde a R$21,6 bilhões.

"O Brasil tem duas molas principais propulsoras de suas riquezas: o agronegócio e a mineração”, observa Marcondes Lima, doutor em Mineralogia e Geoquímica. “No caso específico do Pará, a mineração é preponderante”, explica ele.

No ranking dos produtos mais exportados pelo estado estão ferro, cobre, alumina, alumínio, níquel, ouro, caulim, manganês, bauxita, silício e ferro gusa. Grande parte da produção vai para exportação, o que contribui para o saldo positivo na balança comercial. A China é o principal país comprador dos minérios paraenses, com destaque para o minério de ferro.

"Devido a diferenciação dos nossos minérios, tanto em termos de teor como de volume, torna o nosso produto atrativo no mercado", explica o professor doutor Evaldo Pinto. "O setor mineral paraense sempre esteve atrativo para investimentos do empresariado nacional e multinacional”, avalia ele.

Para os próximos anos, as oportunidades e investimentos no setor mineral devem ser ainda maiores. Dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estimam que as perspectivas de investimentos em mineração no período de 2020 a 2024 aumentaram de US$ 32,5 bilhões para mais de US$ 37 bilhões. Por consequência, haverá geração de renda e oportunidades de trabalho.

"Vejo um futuro bastante promissor para a mineração do Pará, principalmente para os médios empreendedores, tendo em vista o crescimento da demanda de minérios num cenário pós pandemia", observa Evaldo. “A descoberta e exploração de depósitos de pequeno a médio volume é o grande alvo para os futuros empreendedores".

 

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