Pandemia se interioriza no Brasil, que carece de políticas públicas concretas; Pará busca equilíbrio Rodolfo Marques 22.07.20 18h00 A covid-19 continua com índices muitos altos no Brasil. Embora tenha chegando uma certa “estabilidade” em relação ao incremento de casos de contaminações e mortes, o número diário de mortes (entre 900 e 1.100) mantém o alerta “ligado”, não apenas pelos índices ainda muito altos, mas pela interiorização da doença pelos milhares de municípios do país. Uma esperança que vem se ampliando é em relação à descoberta de vacinas contra o novo coronavírus, a partir das várias pesquisas que estão em andamento pelo mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem demonstrado otimismo em relação aos estudos, mas estima que as pessoas só terão acesso às vacinas em 2021 – em virtude de todas as fases de testes necessárias, da eficácia comprovada e pelos critérios de distribuição e prioridades. O Brasil continua extremamente vulnerável diante da pandemia. Foi uma das nações do mundo que não soube apresentar políticas públicas efetivas de combate à covid-19 e nem mesmo em apresentar planos de uma recuperação a médio e longo prazos. O país padeceu de discursos com “sinais trocados” entre o presidente da República e parte dos governadores e prefeitos, em especial sobre os riscos da doença e a respeito das políticas de distanciamento social. Além disso, o auxílio emergencial às populações mais carentes, desenvolvido a partir de mobilização do Congresso Nacional, mostrou-se com alguma importância, mas apresentou várias falhas na execução e trouxe efeitos tardios. Também faltou ao governo federal uma ação mais clara para proteger pequenos e microempresários. A crise econômica brasileira, derivada da pandemia, tende a se tornar mais grave pela falta de acuidade do Planalto em enfrentar as problemáticas que se impuseram. No Pará, com a reabertura da maior parte das atividades econômicas na Região Metropolitana de Belém, os índices de isolamento social continuam baixos. O Pará ocupava, em 21 de julho, a 19ª posição no ranking nacional de isolamento social. O Estado já apresentou mais de 142.000 casos de contaminas e mais de 5.500 mortes, em cerca de quatro meses da pandemia no Estado. A grande frequência aos balneários neste mês de julho gera apreensão com a possibilidade de um novo aumento de casos. O Brasil apresenta, em 22 de julho, mais de 2 milhões de casos confirmados e aproximadamente 82.500 mortes, com cenários muito críticos nos Estados da região Sul do Brasil, além de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Na derrota do país para a covid-19, o fator das políticas públicas (insuficientes) emerge como uma importante variável explicativa. O Brasil se mostra ainda longe de superar a pandemia e iniciar um processo eficaz de recuperação sistêmica. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09