RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Diálogos Amazônicos 2023: um balanço analítico

Rodolfo Marques

A cidade de Belém fez jus, novamente, ao título de “Metrópole da Amazônia”, no início do mês de agosto. Entre os dias 04 e 06, a capital paraense sediou o evento “Diálogos Amazônicos”, programação prévia à Cúpula da Amazônia. 

Nos três dias, representantes de agências governamentais, de centros de pesquisa, de movimentos sociais e dos meios acadêmicos discutiram propostas para a formatação e a retomada de políticas públicas sustentáveis para a região amazônica. 

Os Diálogos Amazônicos foram desenvolvidos em vários módulos, priorizando a diversidade de ideias e de representatividade. Participaram, aproximadamente, 10.000 pessoas, em um total de 405 eventos e atividades, que ocorreram no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – e em outros espaços como a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), a Superintendência do Patrimônio da União e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). 

A articulação com os países participantes ficou a cargo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização intergovernamental que engloba os participantes dos encontros e formulada a partir da assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, em 1978.

E como podemos avaliar os resultados dos Diálogos? Não há dúvidas de que foram dias intensos de debates, com a participação ativas dos movimentos sociais, com vez e voz para defenderem seus interesses e perspectivas. 

Uma das presenças marcantes no evento foi a da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que reforçou as pautas do enfrentamento ao desmatamento, do reconhecimento da identidade amazônica e das estratégias para o combate à crise climática. 

Houve, ao todo, cinco plenários-síntese, que trataram os eixos da segurança alimentar, da ciência e tecnologia, da transição energética, da proteção aos povos originários e tradicionais, da participação social, entre outros. Dois pontos emergiram como os mais relevantes nesse contexto todo: a democratização e o maior acesso aos temas amazônicos; e o legado do encaminhamento das pautas relevantes para os representantes dos países da Amazônia internacional que participariam, nos dias seguintes, da Cúpula da Amazônia (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).

Dessa forma, é indiscutível que iniciativas como os Diálogos Amazônicos inauguram uma etapa essencial para os olhares direcionados para a região, com foco nas políticas públicas e na dimensão internacional que deve culminar com a realização da COP-30, em novembro de 2025, em Belém.

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Rodolfo Marques
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