Diálogos Amazônicos 2023: um balanço analítico Rodolfo Marques 11.08.23 18h14 A cidade de Belém fez jus, novamente, ao título de “Metrópole da Amazônia”, no início do mês de agosto. Entre os dias 04 e 06, a capital paraense sediou o evento “Diálogos Amazônicos”, programação prévia à Cúpula da Amazônia. Nos três dias, representantes de agências governamentais, de centros de pesquisa, de movimentos sociais e dos meios acadêmicos discutiram propostas para a formatação e a retomada de políticas públicas sustentáveis para a região amazônica. Os Diálogos Amazônicos foram desenvolvidos em vários módulos, priorizando a diversidade de ideias e de representatividade. Participaram, aproximadamente, 10.000 pessoas, em um total de 405 eventos e atividades, que ocorreram no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia – e em outros espaços como a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), a Superintendência do Patrimônio da União e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). A articulação com os países participantes ficou a cargo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização intergovernamental que engloba os participantes dos encontros e formulada a partir da assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, em 1978. E como podemos avaliar os resultados dos Diálogos? Não há dúvidas de que foram dias intensos de debates, com a participação ativas dos movimentos sociais, com vez e voz para defenderem seus interesses e perspectivas. Uma das presenças marcantes no evento foi a da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que reforçou as pautas do enfrentamento ao desmatamento, do reconhecimento da identidade amazônica e das estratégias para o combate à crise climática. Houve, ao todo, cinco plenários-síntese, que trataram os eixos da segurança alimentar, da ciência e tecnologia, da transição energética, da proteção aos povos originários e tradicionais, da participação social, entre outros. Dois pontos emergiram como os mais relevantes nesse contexto todo: a democratização e o maior acesso aos temas amazônicos; e o legado do encaminhamento das pautas relevantes para os representantes dos países da Amazônia internacional que participariam, nos dias seguintes, da Cúpula da Amazônia (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela). Dessa forma, é indiscutível que iniciativas como os Diálogos Amazônicos inauguram uma etapa essencial para os olhares direcionados para a região, com foco nas políticas públicas e na dimensão internacional que deve culminar com a realização da COP-30, em novembro de 2025, em Belém. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave diálogos amazônicos belém amazônia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01