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REPÓRTER 70

Grupo Liberal

Mais tradicional coluna do jornalismo paraense. Aborda temas do cotidiano com atenção especial à economia e aos bastidores da política do Pará e do Brasil. | Twitter: @reporter_70

R70: 'Se continuarmos a perturbar a natureza, vamos ver mais pandemias', afirma Carlos Nobre

Leia os destaques da coluna Repórter 70 desta quarta-feira (12)!

Repórter 70

Congresso Nacional

Senado aprova aumento de pena por estupro de vulnerável e corrupção de menores, que passa para 10 a 40 anos de reclusão.

“Enem dos Concursos”

Governo autoriza nomeação de 855 aprovados na 1ª edição do CNU, condicionada à existência de vagas e orçamento.

“Se continuarmos a perturbar a natureza desse jeito, vamos ver mais epidemias e pandemias.”

CARLOS NOBRE, professor da cátedra de clima e sustentabilidade e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, ontem, na COP 30. “Estamos muito perto de chegar ao 1,5ºC de aquecimento global. Se mantivermos a direção de zerar as emissões líquidas só em 2050, vamos passar de 2ºC”, alertou.

EXPORTAÇÕES

SURPRESA

O desempenho das exportações do Pará está desafiando o “tarifaço” do governo norte-americano. Apesar das alíquotas impostas pelos EUA, o Estado registrou, neste ano, um salto nas vendas para o exterior. De janeiro a outubro, o valor exportado somou US$ 19,8 bilhões em 2025, acima dos US$ 18,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Para os Estados Unidos, as vendas somaram US$ 913 milhões, alta de 9,3%.

REAÇÃO

Ao comentar os resultados, o senador Beto Faro (PT) afirmou que o desempenho “não é fruto do acaso, mas da combinação entre planejamento logístico, diversificação produtiva e políticas públicas de estímulo à indústria de base florestal e mineral”. Para os especialistas, os números revelam mais que sucesso comercial. Expõem cálculo político e inteligência econômica. O setor produtivo paraense identificou brechas no mercado norte-americano, manteve o diálogo e ampliou presença mesmo sob a forte pressão tarifária.

SEGURANÇA

MAPA

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública lançou, nesta semana, em Belém, a Cartografia da Violência na Amazônia. O estudo reúne iniciativas e boas práticas de segurança implementadas na região, com destaque para o Pará, que aparece com duas ações de referência nacional: as Bases Fluviais de Segurança Pública e a Operação Curupira, voltadas ao combate ao narcotráfico, aos crimes ambientais e à pirataria fluvial. O levantamento busca identificar desafios e soluções para o enfrentamento ao crime organizado na Amazônia, valorizando iniciativas com potencial de impacto positivo na prevenção da violência e na proteção de territórios e populações locais. O estudo aponta que desde 2019 as apreensões de cocaína no Pará cresceram 212,9%, com pico em 2020, e que o volume de maconha apreendida aumentou 75,7% entre 2023 e 2024.

CURUPIRA

Já a Operação Curupira contabiliza 1.792 ações de fiscalização, 215 armas apreendidas e 95 prisões desde 2023.

MULHERES

SEGURANÇA

A Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) implantou duas Salas de Acolhimento Psicossocial na Blue Zone e na Green Zone da COP 30. Os espaços contam com equipes preparadas para oferecer atendimento humanizado, escuta qualificada, orientação, avaliação de risco e encaminhamento à rede de proteção estadual, de forma gratuita e sigilosa.

ASSISTÊNCIA

Além do atendimento nas salas, a Semu realiza ações de abordagem ativa em parceria com a Fundação ParáPaz, informando mulheres brasileiras e estrangeiras sobre os serviços disponíveis e o funcionamento do canal de denúncia “Ligue 180”, que opera com prioridade de atendimento (tecla 0) durante o evento. A iniciativa é coordenada pela Semu, com apoio da Fundação ParáPaz, Casa da Mulher Brasileira, Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA), Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda do Pará (Seaster) e Ministério das Mulheres. As equipes contam com assistentes sociais, psicólogas e orientação jurídica para garantir um atendimento completo e seguro.

TERRAS

RECORDE

O Instituto de Terras do Pará (Iterpa) anunciou durante a COP 30 um marco histórico: o alcance de um milhão de hectares de terras regularizadas no Estado. O avanço, segundo o governo, é resultado da implantação do Sistema de Cadastro e de Regularização Fundiária (Sicarf), tecnologia pioneira criada no Pará que utiliza Inteligência Artificial (IA) para agilizar e dar mais segurança aos processos fundiários. O sistema, referência nacional, já inspirou outros estados, como o Maranhão, que registrou aumento de 900% em regularizações após aderir à plataforma.

PREMIADO

Graças ao uso do Sicarf, o Instituto passou de uma média anual de 1.700 títulos para cerca de 12 mil títulos por ano, com tempo de tramitação reduzido de 8,5 anos para até 60 dias. Atualmente, o estado soma mais de 43 mil áreas regularizadas, abrangendo propriedades rurais, urbanas e comunidades tradicionais.

DIGITAL

A tecnologia permite que cidadãos solicitem seus títulos de forma totalmente digital. O sucesso do programa rendeu reconhecimento nacional, com prêmios da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), além de sua integração à base de dados do governo federal.

Em Poucas Linhas

- Com móveis Tidelli, a Marmobraz marcou presença na Blue Zone durante a Cúpula dos Líderes nos dias 6 e 7 de novembro. O projeto foi do escritório Kemel dos arquitetos Tales e Tais Kemel.

- O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna vai abrir em horário reduzido hoje, funcionando apenas das 6h ao meio-dia. A alteração é para viabilizar os serviços de manutenção semanal do espaço. A partir de amanhã, o parque voltará a ficar aberto à visitação das 6h às 17h. A entrada é gratuita.

- Foi lançado ontem em Belém, pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o Protocolo para Julgamento de Conflitos sobre a Venda de Créditos de Carbono por Comunidades Tradicionais no Estado do Pará.

- O documento vai servir de base para que os juízes atuem na análise de contratos de comercialização de créditos de carbono, fornecendo embasamento para uma abordagem sensível às comunidades envolvidas e aos marcos jurídicos nacionais e internacionais que regem seus direitos.

- A indústria baiana de fertilizantes Fertimaxi anunciou interesse em expandir suas operações para o Estado. Em reunião na Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), o diretor executivo da companhia, Marilton Santos Jr. informou que o foco atual da empresa está no polo logístico de Miritituba, em Itaituba.  

- No futuro, a empresa também avalia possibilidades de instalação no Distrito Industrial de Barcarena.

- Foi aberto ontem no Palacete Faciola o evento Corredor Criativo, que segue até esta quarta-feira e reúne representantes de diversos setores. Na pauta, o papel da economia criativa como estratégia de desenvolvimento local e os caminhos para impulsionar as cadeias produtivas ligadas à arte, educação e inovação no Pará e na Amazônia.

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