Poço sem fundo Linomar Bahia 01.03.23 13h33 Quantas vezes já ouvimos e continuaremos a ouvir falar em Amazônia? Acerta quem responder tantas vezes e em quantas oportunidades têm sido e continuarão sendo úteis a interesses político-partidários e contendas ideológicas, em especial quando envolver dinheiro e coisas que o valham. Quem puder, responda , também, com quantos projetos e fundos poderão ser solucionados os inúmeros e graves problemas que envolvem a Amazônia e, principalmente, as situações das unidades regionais e dos quase 30 milhões que habitam grandes, médias e pequenas cidades, principalmente as ribeirinhas? São perguntas e respostas que estão na boca de qualquer brasileiro, especialmente os medianamente informados, que vivem nos rincões amazônicos e acompanham os discursos e prognósticos que nunca se concretizam sobre a região. Quem porventura conseguir contabilizar o volume de dinheiro que tem sido destinado à Amazônia nos últimos 100 anos, provavelmente encontrará um montante equivalente ao número de árvores que compõem as florestas, montante que seria o suficiente para a construção de várias cidades tão modernas e atrativas como as que fascinam no mundo árabe. Quaisquer sejam os objetivos e os orçamentos, permitirão concluir que a Amazônia é um poço sem fundo, aberto pela burocracia e desvios. Os mais reluzentes de todos os tempos, tiveram na SPVEA e na sucessora SUDAM os órgãos que deveriam desenvolver economicamente a região, com a industrialização de matérias primas fartamente disponíveis na floresta, nos rios e no solo. Mas, como sempre será previsível acontecer, os recursos federais e os incentivos fiscais apenas enriqueceram empreendedores de todas as ocasiões, restando os esqueletos do que seriam as indústrias de quase tudo. Tempos em tempos abundam falácias estrategicamente apropriadas para ocasiões e a gosto dos interesses de grupos a tirarem proveito. Já se falaram do desenvolvimento “pela pata do boi”, acusada de ser a responsável por grandes áreas desmatadas para abrir espaço a pastos. A permanente cobiça estrangeira pelas riquezas do bioma amazônico facultou a produção do “slogan” ufanista “integrar para não entregar, numa campanha estrelada pela rodovia Transamazônica, e que a exatos 51 anos, vem saindo do atoleiro pela coragem de meia dúzia de colonos que se arriscaram na aventura. A espoliação do maior bioma do planeta remonta ao contrabando da essência do pau rosa para os perfumes franceses e o fim do ciclo da borracha. Os tempos mudaram, passando a floresta e as riquezas minerais a serem exploradas, do que são acusados os madeireiros e garimpeiros, embora digam que outros também lucram. Em meio a tudo, surge a questão “Yanomami” como nova bandeira política e ideológica, propagando a salvação de milhares de índios, muitos venezuelanos, sem saber como salvar os milhares de garimpeiros. E, novamente, o “fundo amazônico” para um saco sem fundo. Linomar Bahia é jornalista e escritor Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave Linomar Bahia Linomoar Bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Entre dúvidas e incertezas 27.03.25 17h48 Linomar Bahia Por quê? 14.03.25 12h30 Linomar Bahia '¿Por qué no te callas ?' 20.02.25 17h50 Linomar Bahia Ambientes desafiadores 28.01.25 17h15