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LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Mar de incertezas

Linomar Bahia

Leitores me devolveram a pergunta-título do último artigo “Aonde vamos?”, disponível no portal de O LIBERAL, formulada sobre quem se arriscaria a vaticinar o futuro que espreita o país. Há um mar de dúvidas e suspeitas afogando quaisquer expectativas e esperanças nacionais, tornando incerto e não sabido como poderá ser o amanhã, tamanhos são os vagalhões das sucessivas diatribes praticadas por todos os níveis e personagens institucionais. Para onde quer que olhe quaisquer seja a busca de luz no fim do túnel há uma escuridão impossibilitando especulação plausível.

Caem em descrédito as principais fontes das águas limpas da boa informação e opiniões confiáveis, flagradas, principalmente nos últimos cinco anos, em comportamentos tendenciosos, principalmente quando omitem o que lhes desagrada. Quando não podem esconder, minimizam ou distorcem atos e fatos que contrariam seus interesses, seguindo a máxima “ricuperana” de que “o que é bom a gente mostra e o que é mau a gene esconde”, mesmo em situações em que imagens valem mais do que mil palavras e fazem ouvido mouco para as vozes roucas das ruas vociferadas por FHC.

Pesquisas de opinião, por exemplo, deixaram de ser uma espécie de oráculo da sociedade depois que foram acusados de desvirtuarem resultados de consultas como forma de induzir o eleitorado em favor de determinados candidatos, um deles sepultando cinquenta anos de uma história de referência tão forte que era citado em qualquer tipo de sucesso. Outros, estão empenhados em árduo processo de ressurreição, em alguns casos com outros nomes, procurando restabelecer a confiança indispensável inclusive nas demais consultas em atividades comerciais.

Tem sido denunciado o ativismo político da mídia, impossibilitando que leitores e ouvintes passem a desconfiar das informações que publicam. As preocupações com o porvir brasileiro, também incluem o futuro do sistema de informações, em que o jornalismo depende da credibilidade da sociedade para sobreviver, sob o risco de incorrer no que previu o jornalista húngaro Joseph Pulitzer (1847-1911), que dá nome ao prêmio internacional de jornalismo de excelência: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.”

Em meio ao mar de incertezas e más práticas de todos os lados e setores, não se avista como encontrar personagens confiáveis e decisões institucionais adequadas a que se formulem hipóteses de bom futuro à vista para o país. Sobretudo pelas continuadas ações responsáveis pela divisão do país no meio a meio revelado pelo pleito presidencial de 2022 e que prosseguem nos mesmos patamares de então, embora em oportunidades pontuais se falem em paz e união nacional, sem que se transformem as palavras em obras e mantenha o país por fora como bela viola e por dentro como pão bolorento.

 

Linomar Bahia é jornalista e escritor, membro da Academia Paraense de Letras, Academia de Jornalismo e Academia Literária Interiorana

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