LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Haja desafios

Linomar Bahia

Poucas vezes um ano novo, como o que se avizinha, terá tantos ingredientes para não ser igual aquele que passou, tamanhos e complexos são os desafios a serem superados como nunca dantes entre nós.  O calendário gregoriano, que se inicia no raiar de 1º de janeiro de 2024, deixa de cumprir somente o ritual cristão, com o simbolismo dos tradicionais votos de “Feliz Ano Novo”. Vai incorporar os eventos políticos e climáticos que estarão dominando as pautas de todos os níveis de ação e decisão enquanto o tempo encurta, requerendo argúcia e dedicação  

No capítulo da política, estará sendo cumprido o calendário do pleito municipal que (re)elegerá prefeitos e vereadores em outubro de 2024, que na Região Metropolitana de Belém tem ao menos uma dúzia de pretendentes a cinco prefeituras esperando pela definição dos concorrentes. Os vencedores serão os “cabos eleitorais” do pleito a ser realizado um ano depois para governador, senador e deputados estaduais e federais. Em todos os casos, a expectativa recai sobre qual engenharia superará as mágoas e ressentimentos dos que se sentiram preteridos nos últimos pleitos.

Poucas vezes, depois do domínio de Magalhães Barata e seu “baratismo” há mais de meio século, o poder no Estado esteve tão concentrado no controle de um grupo como na atualidade. Conta com o governador, um senador e um ministro, ao msmo tempo em que controla a maioria do Estado. Também a preponderância eleitoral deixou de ser diluída pelas regiões e, depois de uma fase da presença no sul/sudeste, passou a se concentrar nas adjacências de Belém, coincidentemente onde emergiram politicamnte os principais protagonistas do jogo eleitoral destes novos tempos.

Maiores ou menores, todavia, são os desafios que envolvem a realização da Cop 30, em novembro de 2025, em Belém. A magnitude do evento foi testemunhada pelos brasileiros, particularmente os paraenses, durante a última Cop em Dubai e deverão ir ao encontro de transição programado para o próximo ano no Azerbaijão. Estão aquilatando o tamanho do desafio a testar a capacidade empreendedora e a disponibilidade de recursos e o tempo já de menos de dois anos como um obstáculo extraordinário a ser superado como algo impossível de controlar.

Ascendem a muitos bilhões os recursos anunciados para solucionar os incontáveis  problemas estruturais e superar as dificuldades de sobrevivência que perduram há décadas de abandono e espoliação das riquezas. Integram os desafios a superar, ficar de olhos bem abertos para que os recursos não sofram os desvios de sempre, como ocorreu quando da pandemia do Coronavirus. E que cheguem à realidade e deixem  de alimentar falsas expectativas de que Belém será uma Dubai no dia seguinte à Cop 30, como mostra um vídeo deliberadamente “fake” em exibição nas redes sociais 

 

Linomar Bahia é jornalista, escritor e membro das Academias Paraense de Letras, Jornalismo e Interiorana

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