LINOMAR BAHIA

LINOMAR BAHIA

Jornalista e radialista profissional. Exerceu as funções de repórter, redator e editor de jornais e revistas, locutor, apresentador e diretor de emissoras de rádio e televisão. Articulista dominical de O Liberal há mais de 10 anos e redator de memoriais, pronunciamentos e textos literários. | linomarbahiajor@gmail.com

Falem mal...

Linomar Bahia

... mas falem porque, segundo é atribuído a Oscar Wilde, literato irlandês que viveu entre os anos 1854 e 1900, “a única coisa pior do que falarem de nós é não falarem de nós”. Provavelmente inspirou a assim também pensarem personagens como o escritor inglês e criador do “Oscar” do cinema Henry B. King, ao resumir o conceito apenas em “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”, ou o colunista social brasileiro Ibrahim Sued em resposta aos que o criticavam por inveja e preconceito.

No clima político beligerante em que o país está mergulhado, acentuadamente nos últimos cinco anos, tem sido frequente falar mal de alguém, mas falando, contribuindo para que o efeito seja o contrário ao pretendido pelos que vociferam contra quem lhes é indesejável e os deixam em evidência. Permanentemente citados, em acusações com e sem provas e propósitos de responsabilização pelo que possam ser incriminados, quanto mais lhe batem, mais crescem a exemplo do fermento.

Tamanha faculdade incorporada pelas palavras passou a ser objeto de crendices e atenções cientificas em que as manifestações sobre pessoas e fatos passaram a ser vistas com poderes tanto positivos quanto negativos que as palavras incorporam, gerando, inclusive superstições que as retroalimentam enquanto repercutem. Correntes do pensamento universal têm atribuído a expressões verbalizadas poderes devastadores, influindo na realidade da vida dos envolvidos.

Experimento conduzido pelo escritor japonês Masaru Emoto, que viveu entre 1943 e 2014, corroborou essa propriedade, ao comprovar quanta energia e seus efeitos as palavras podem produzir. Utilizando três potes, colocou em cada um deles a mesma porção de arroz e de água. Rotulou um deles com a frase “obrigado, eu te amo”. Em outro escreveu “eu te odeio, seu idiota”, deixando o terceiro poste vazio. Nos trinta dias seguintes, Emoto bradava diariamente aos potes as frases neles escritas.

 Documentou em vídeo para que outros pesquisadores também pudessem constatar, em qualquer época, que o primeiro pote, rotulado com uma frase positiva falando de amor, fermentou de forma natural e exalando um aroma agradável, enquanto o conteúdo do segundo pote, rotulado com as palavras de ódio, apodreceu e adquiriu uma cor escura e um cheiro desagradável.   Quanto ao terceiro pote, deixado vazio, também mofou, mas não de forma tão acentuada quanto apresentou o segundo pote.

Experimentos como esse têm demonstrado ao mundo que as palavras têm energia própria, influindo positiva ou negativamente no funcionamento das coisas e na vida das pessoas. Pode acontecer com quem diz que algo “não vai funcionar” ou “não vai dar certo”, incidindo na também famosa “Lei de Murphy”, de que se algo tem chance de dar errado, errado dará. Reflitam sobre isso quantos dão sobrevida aos de quem falam mal, mas falam, fazendo a força das palavras funcionar ao contrário.

 

Linomar Bahia é jornalista e escritor

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Linomar Bahia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA