Contrassensos das desigualdades Linomar Bahia 02.10.23 11h33 Desigualdade é uma das palavras mais proferidas sobre os profundos desníveis socioeconômicos que assolam o país, refletidas nos moradores de rua cada vez mais numerosos e casebres prontos a desmoronar e matar no próximo deslizamento ou enchente. Faz parte do arsenal de expressões de efeito em que os demagogos são pródigos, ultimamente contando com um Ministério, a pretexto de combater essa persistente mácula social à espera de ações e atitudes redentoras. O Brasil parece ter nascido sob o signo das desigualdades a partir dos contrastes decorrentes das características geográficas e nas diferenças variações climáticas e nos costumes. Constituem brasis também diferentes nas particularidades culturais, divididos em quatro fusos horários, que os deixam interligados praticamente apenas pelo idioma nacional, assim mesmo pontuado por sotaques e algumas expressões que produzem quase dialetos, muitas vezes dificultando a própria comunicação. Tantos e relevantes contrastes geográficos e de costumes, considerados como a contraposição entre o que as pessoas representam e as coisas que fazem, resultam em graves problemas humanitários nos gritantes contrassensos dos episódios que contradizem a lógica e contrariam o bom senso. Estão presentes nas atitudes e ações paradoxalmente dos que deveriam zelar pela coerência das práticas com as situações de que são protagonistas e, como tal, revelam completa falta de noção. Valem como exemplo os contrastes e contrassensos da vida real que os números extraídos da campanha governamental “desenrola”, está revelando. Foram detectados mais de R$ milhões de débitos inferiores a R$ 100, enquanto governantes correm o mundo em viagens tanto pra tudo quanto pra nada, consumindo milhões em hospedagens e refeições de luxo, enquanto aumenta a cada dia o contingente de famintos que esperam pelo prometido “fome zero” que nunca chega. Como será que os necessitados, incluindo crianças, dependentes da caridade popular assistem ao desfile dos bilhões, de que a mídia fala todos os dias, desviados das políticas públicas enquanto amargam as filas das UPAS e mergulham nas dívidas do mínimo para a sobrevivência. Mudam governos se renovam as promessas com novas roupagens e continuarão a amargar as dificuldades comuns àqueles que mal têm para o mínimo básico, muitos enganando o estômago com restos recolhidos no lixo. Eleitos para promoverem as soluções parecem fazer ouvidos moucos, afrontando a pobreza nacional com o anúncio de novo avião de quase um bilhão de reais, políticos de todos os matizes ideológicos concedendo a si anistia de 23 bilhões que não conseguem comprovar como gastam, e voam em jatinhos da FAB para assistirem a boiadas e a futebol. Situações como essas, responsáveis pelos índices de miséria que o IBGE revela, denotam a insensibilidade para as prioridades nacionais sempre procrastinadas. Linomar Bahia é jornalista, escritor e membro das Academias de Letras, Jornalismo e Literária Interiorana Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave Linomoar Bahia linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Os “xis” das questões 26.04.24 11h56 Linomar Bahia Acerto de contas 26.04.24 11h48 Linomar Bahia Bode expiatório 26.04.24 11h25 Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46