Consenso oco Linomar Bahia 20.08.23 10h50 Essa expressão, vocalizada pela ministra Marina Silva, resume a frustração refletida na “Declaração de Belém” expondo que “as pontas continuam tão soltas” como há 14 anos e provavelmente se repetirá noutros 14 anos, mudando os personagens, mas mantendo as mesmas variações sobre mais dos mesmos temas. Terminadas as reuniões e discursos, recauchutando as velhas propostas para resolver todos os problemas que a Amazônia acumula há séculos e nunca solucionados, chegamos à conclusão de tudo resolvido, mas nada feito, como um copo que não está nem cheio, nem vazio. Avaliar o que restou de uma semana de palavrórios e autopromoções, provavelmente restariam apenas o colapso do sistema hoteleiro com o consequente sinal de alerta para hospedagem na Cop-30. Mostraria a “maquiagem” nas vias para esconder as mazelas da cidade que terão de ser superadas neste curto espaço de dois anos. E a denúncia de um ativista ambiental, arrematada com pornografia pertinente, dizendo que os europeus que condenam o desmatamento são os mesmos que devastaram as florestas e saquearam as riquezas da África, deixando como legado a pobreza e a miséria. Mas uma vez pareceram evidentes os tantos interesses conflitantes, cada um puxando para os lados que lhe convêm, a exemplo dos burros da cooperativa. Reafirmando a máxima de que Brasília governa de costas para o Brasil, por conta das conveniências foram barrados exatamente os amazônidas, que sofrem os piores indicadores de todos os critérios de avaliação das condições de vida humanas e são privados de usufruir das riquezas do solo e do subsolo, abrindo espaço a quem mal conhece superficialmente a região ou, quando muito, “por ouvir dizer”, para se promover e defender causas. Tal como o macaco que não olha para o próprio rabo, os canadenses viram incêndios florestais consumirem lá, em dois meses, o dobro de tudo quanto dizem ter a Amazônia perdido em três anos. Uma CPI está passando a limpo e abrindo a caixa preta das mais de 600 Ongs nacionais e estrangeiras que operam na região e, com as bênçãos de organismos oficiais, entravam o desenvolvimento da Amazônia. Está revelando desvios de bilhões dos recursos que deveriam ser utilizados em benefício de indígenas e comunidades que sobrevivem, sabe Deus como, nas localidades remotas da região. Conhecedores de fato da realidade regional consideram existirem três estados paralelos na Amazônia, constituídos por prefeituras, ongs e instituições federais, que parecem estar a serviço de interesses alheios. A eles se acrescentam o narcotráfico e o crime organizado, explicando porque, há décadas, todos os órgãos e projetos regionais têm fracassado nos objetivos, apenas alimentando a corrupção e condenando a Amazônia a patinar eternamente no atoleiro dos geradores do vazio consensual, indicando que qualquer Cúpula será sempre com a qual, ou sem a qual, tudo continuará tal e qual. Linomar Bahia é jornalista, escritor e membro das Academias Paraense de Letras, Jornalismo e Interiorana Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave Linomoar Bahia linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Tempos arriscados 04.12.23 14h10 Linomar Bahia Nova chance 07.11.23 16h26 Linomar Bahia Iguais desigualados 19.10.23 11h56 Linomar Bahia Contrassensos das desigualdades 02.10.23 11h33