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BEABÁ COM BEL

Por Bel Soares

Coluna assinada por Bel Soares que é Comunicóloga por formação e paixão, especialista em Comunicação Humanizada, atuante na Assessoria de Marcas Pessoais e colunista e podcaster do Beabá com Bel. | belmsoares@hotmail.com

O que te torna única?

Bel Soares

Pela natureza da vida, a gente nasce, cresce, se reproduz (se quiser), envelhece e morre. E durante esse percurso a gente vive. E veja só, a gente faz tudo isso habitando cada uma seu próprio corpo, sua mente, sua alma. 

Então, podemos até lembrar de Monica Salgado que costuma dizer que nascemos com uma "vantagem competitiva" imensa em relação à "concorrência" que é de sermos únicas. Com nossas dores e delícias, somos originais e insubstituíveis de acordo com a influencer.

Mas, aqui vai uma reflexão: que sejamos, então, as melhores ÚNICAS que pudermos ser. Se não dá pra mudar o que nos desagrada, bora trabalhar o acolhimento e aceitação?

Se espertas formos, vamos inclusive fazer disso nossa marca registrada. É fácil? Não. Mas, creio que seja um caminho digno com nós mesmas, sabe? 

Monica Salgado diz que recebeu como herança genética suas coxas grossas e isso a incomodou por anos. Até que resolveu aceitar. Com personalidade trainer e terapia aprendeu a conviver e a gostar do que via.

Ao contrário dela, eu passei anos da minha vida escondendo com diversos jeans ou leggings as minhas pernas por achá-las “finas demais”, mesmo tendo uma madrasta que falava sempre que elas eram lindas e pareciam as da Barbie: longilíneas e torneadas. Ela sempre elogiava, mas “santo de casa não faz milagre” e precisei namorar um cara lá no Rio de Janeiro que um belo dia soltou “acho tão linda suas pernas” pra eu começar , pelo menos, a olhar pelo canto dos olhos com mais carinho pra elas. E não é que comecei a achá-las até bonitinhas. 

Mas, entenda, esse papo aqui é sobre acolhimento e ele passa por aquilo que a gente vê (no caso as minhas pernas) e pelo que a gente não vê e no meu caso o in-visível ficava por conta de que eu era uma jovem carente, ansiosa e bem reativa. Haja terapia, física quântica, melhores amigas e a vida pra me ensinar a evoluir. 

Mas, independente de quem te ajuda nesse rolê, o primeiro passo quem dá somos nós. Eu dei, eu quis dar. Tá, tudo bem que no caso das pernas o namorado da época deu um baita empurrão. Mas, quem disse que se eu não curasse outras coisas eu seguiria olhando pra elas com carinho, aceitação e enxergando beleza? 

Querer ser qualquer outra pessoa que não seja eu mesma dá muito trabalho, é desgastante é inútil. Pois, como eu bem disse no começo deste artigo: somos únicas. Não dá pra mudar, só em outra vida talvez.

Agora quero saber de você: o que te deixa inquieta e desconfortável que tá precisando ser olhado com outra percepção? 

Quando resolvemos essas questões que parecem bobas, mas não são. Resolvemos também muitas outras coisinhas nas outras áreas da vida. 

E aceitar ser quem se é também fala muito sobre nós e sinaliza ao mundo o que queremos, comunicamos, somos e merecemos.

Pense nisso! 

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