Networking não é oportunismo

Quem já teve contato comigo, profissional, pessoal ou por meio de workshops que realizo, na certa já me ouviu falar  que “não podemos fazer networking somente quando estamos precisando de networking” e, também, que “networking se faz até na fila do pão”.

Pois então, levo essas duas máximas comigo e sempre passo adiante para que pessoas possam pensar, ou repensar,  a forma como lidam com sua rede de contatos, com a rede que pleiteiam construir ou mesmo com as possibilidades que podem estar desperdiçando ao terem uma postura de lembrar do networking somente quando precisam dele.

Fazendo uma analogia com o futebol, networking começa nos treinos, é alimentado no regime de concentração e tem seu poder ativado dentro das quatro linhas quando todos estão entrosados e com o propósito de colaboração mútua. Ou seja, networking é um processo que não vai ter a mesma performance  se for feito aos quarenta e cinco do segundo tempo, tampouco se faltar espirito de colaborativismo.

Entenda, networking é uma construção e, como tal, passa por fases onde não pode faltar o interesse genuíno no outro e não somente no que ele pode lhe trazer de benefícios, networking demanda escuta ativa, empatia, poder de análise, bom senso e, especialmente, manutenção. Como você mantem sua rede de contatos?

Cuidado pra não perceber que não tem a rede de contatos que pensava que tinha da pior forma possível. Concorda comigo que seria um desastre precisar de contatos e perceber que não tem nenhum disposto a lhe ajudar exatamente porque você não regou esses relacionamentos?

E mais, quando eu falo que networking se faz até na fila do pão eu me refiro justamente sobre considerar esta ação uma postura de vida, onde o seu sorriso e sua gentileza  chegam no padeiro e no balconista e não somente no dono da padaria. 

Networking não é oportunismo e a forma como você lida com ele também comunica quem você é. Pense nisso!