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Festa da Chiquita tem primeira edição presencial desde que foi reconhecida como patrimônio cultural

Muita alegria, fantasia, maquiagem e festa para celebrar a diversidade

O Liberal
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A Festa da Chiquita, tradicional evento que celebra a diversidade na madrugada entre as procissões da Trasladação e do Círio, neste ano ganhou uma edição presencial. A festa foi sediada pelo Memorial dos Povos, na avenida José Malcher, desta vez com limite de público de 200 pessoas por vez. Trata-se da primeira edição fechada, desde que foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará.

“A gente tá renascendo, como se fosse o nascimento de vênus”, diz Eloi Iglesias, anfitrião do evento que contou com apresentações de diversos artistas paraenses.

“A festa está vindo de novo como uma fênix para acontecer. Ano que vem com certeza vamos voltar para nosso lugar de origem, embora esse lugar é um que nos acolheu muito bem. A festa está um sucesso, show. Mas para o ano, vamos voltar para o espaço que nos é de direito, em frente ao bar do parque”, diz Eloi, animado.

image Festa tem capacidade limitada de público (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

A Festa da Chiquita não foi diferente apenas no local. O evento começou mais cedo, às 15h, e seguiu até às 21h. Esta edição marca os 43 anos da festa conhecida como o lado profano das celebrações religiosas do Círio de Nazaré - marcada pela representatividade da comunidade LGBTQIA+.

O historiador Michel Pinho, secretário titular da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), destaca a importância em manter viva a Festa da Chiquita, que não teria uma edição presencial pelo segundo ano consecutivo até a cessão do Memorial dos Povos.

“É importante dar oportunidade para pessoas de todos os credos e crenças exercerem sua cidadania cultural de maneira plena”, diz Michel Pinho.

No Memorial, se o público foi reduzido, não faltou exuberância. A festa contou com uma série de apresentações musicais, assim como concursos de performances de artistas drag. La Falleg Condessa, drag themônia do coletivo Noite Suja, destaca a manutenção do espaço para celebrar o orgulho LGBTQIA+ dentro do Círio.

“Acho que é muito importante a gente continuar celebrando o orgulho LGBTQIA+ em conjunto com essa procissão que é o Círio de Nazaré”, diz. “É muito importante para a cidade que a gente faça parte desse circuito religioso. Nós somos LGBTs e muitas pessoas são religiosas e têm o direito de exercer sua religiosidade, que é um direito garantido na Constituição Federal. Então é importante que a gente possa manter a Festa da Chiquita como Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade de Belém, junto com todas as festividades que acontecem nesse período nazareno”.

A diversidade de corpos também ganhou a Festa da Chiquita com um concurso de ursos. Allan Costa, de 23 anos, foi o vencedor deste ano, e fala sobre a necessidade em haver espaço para a celebração de corpos reais, como é a Chiquita.

“Está desmistificando sobre o padrão de beleza, não só do corpo gordo mas do movimento do corpo livre, que é muito importante. E também diminuir a fetichização do corpo gordo, mas sim a beleza natural de corpos reais”, destaca

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