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Igreja aposta na solidariedade como ponto alto da Festa do Círio

O Liberal
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Diante da perda de trabalho e renda por quem vive na informalidade e depende do Círio, parte da programação este ano é voltada para a arrecadação de alimentos e doações para assistir ao próximo.

“O Círio é um Bálsamo na vida dos paraenses. Seja no sentido espiritual, seja nos efeitos práticos do cotidiano na vida das pessoas, como economia, trabalho e renda”. A frase é do diretor de Arraial e Arrecadação do Círio de Nazaré, Sérgio Marques, e mostra algumas das referências levadas em conta pela coordenação da Festa ao definir eventos e cerimônias que minimizem a ausência das procissões e reunião de pessoas no Círio 2021.

Sérgio também falou sobre algo tanto latente quando evidente nesses tempos de 'Círio reinventado'. A carência espiritual das pessoas. Sobretudo dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. A solução encontrada pela Igreja foi investir e incentivar ainda mais a solidariedade das pessoas. Conscientizar quem não foi tão afetado pela pandemia a ajudar aqueles que mais vêm sofrendo. Inclusive quem tirava muito do sustento do entorno da festa.

“A Igreja (católica) é a maior entidade assistencial do mundo. Isso é incontestável. E mesmo tendo a pandemia impactado também a Igreja, já que os órgãos de segurança e saúde reduziram também a presença das pessoas nas cerimônias religiosas. Ainda assim é preciso reinventar também as formas de ajuda, estimular ainda mais a solidariedade. Entre os carros expostos na Praça Santuário, por exemplo, temos um especificamente para recolher donativos. E assim continuarmos ajudando quem precisa de comida na mesa”, explica.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que o mundo sofre um agravamento dramático da fome desde 2020, quando os efeitos da pandemia alcançaram o pico em todo o planeta. Embora o impacto da pandemia ainda não tenha sido totalmente mapeado, relatórios do órgão estimam que cerca de um décimo da população mundial, algo em torno de 811 milhões de pessoas, enfrentaram a fome no ano passado. E o que é mais triste: a maioria crianças e adolescentes. “Daí a urgência em fazer não apenas do Círio, mas também de tantas outras ações, um socorro tanto urgente quanto necessário para quem sofre com a pandemia”, reitera Sérgio.

Arraial - Sérgio Reis conta ainda que o Arraial será realizado este ano, mas com restrições de acesso e respeitando as normas de segurança e saúde. Serão 27 estandes com quatro grandes segmentos: alimentação, artigos religiosos, artesanato e vestuário. A estrutura funcionará de 01 a 26 de outubro, ou seja, da sexta-feira que antecede o Círio à terça-feira após o Recírio, no estacionamento da Basílica.

A presença dos tradicionais brinquedos do Parque Ita no Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) foi descartada pelo segundo ano consecutivo. O espaço será preenchido apenas pelas exposições detalhadas por Sérgio. E isso com acesso restrito no número de visitantes, já que a estrutura permite o ingresso controlado de pessoas.

“Vale ressaltar que a Igreja trabalha em parceria com os órgãos de segurança e saúde e que respeita estritamente os decretos publicamos pelas autoridades. Sabemos que a carência e a saudade são grandes. Mas entendemos que a segurança das pessoas estará sempre em primeiro lugar”, reitera Reis.

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2ª Edição
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