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Famílias cultivam a fé desde cedo

GERAÇÕES – Com a suspensão do Círio das Crianças, elas contarão com a ajuda das famílias para manifestar a sua fé na Virgem de Nazaré

ERICKA PINTO

O Círio de Nazaré começa bem cedo na vida das crianças paraenses. É uma tradição de várias gerações e, com o passar do tempo, os pequeninos conquistaram um espaço ainda maior. Com a suspensão das romarias por segurança sanitária, as famílias cuidam para manter aceso o Círio no coração de suas crianças.

Gerente de sistemas, Albino Rodrigues de Brito Junior, 35 anos, diz que vai acompanhar o Círio pela TV e, sempre que possível, ir às missas na Basílica, com o filho, Álvaro Rodrigues de Brito, 4 anos.

“Queremos fomentar isso nele mesmo que a distância, de acompanhar conosco pela televisão. Lógico que pra ele faz muito mais sentido quando ele está lá no meio da multidão, que têm várias outras coisas que chamam a atenção”.

Desde os 3 anos, Álvaro acompanha com os pais o Círio das Crianças. Ano passado, encontrou vários coleguinhas da escola e também os mais próximos.

“Isso foi muito bom, porque reforça essa relação de que não só ele, mas outras pessoas do convívio dele participam como ele, tornando o encontro bem mais alegre”, observa.

No Círio das Crianças, o menino costuma usar uma camisa com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.  Albino conta que o filho faz questão de usar a camisa, mesmo fora do período da festividade.

“Poucas são as roupas que ele gosta de usar, mas a do Círio, ele sempre pede pra vestir. Talvez seja só uma questão mesmo de identidade visual ou talvez pelo fato de nós reforçarmos aquele símbolo e ele entender que aquilo é importante pra nós e isso acaba sendo importante pra ele”, avalia o pai.

Jocielma, a mãe, diz que essa identificação data de quando ele começou a falar. “Aqui no prédio, as pessoas colocam nas portas os cartazes do Círio e ele sempre parava na frente das portas, apontava e falava: ‘a mamãe, o neném e a bola’, que era a Santa, o menino Jesus e o Globo que ele segura”, conta.

LAÇOS

A nutricionista Thiaria Porto, 31 anos, diz que a chegada da filha, Maria Eduarda, há 9 anos, tornaram ainda mais fortes os laços dela com Nossa Senhora de Nazaré. Ainda na barriga da mãe, Maria Eduarda já ia à procissão.

“Tive toxoplasmose na minha gravidez e pedi à Virgem de Nazaré que me protegesse e minha filha nascesse saudável. Prometi que todos os anos eu a levaria na procissão”.

A partir dos quatro anos de idade, Maria Eduarda passou a pedir à mãe para acompanhar o Círio e os momentos de maior emoção para ela são a passagem dos promesseiros na corda e a queima de fogos.

“Ela gosta muito de participar do Círio e diz que, mesmo quando eu não puder ir, ela irá sozinha, quando estiver maior”, diz Thiaria.

A menina ficou irrequieta com a suspensão das romarias este ano.

“Ela me perguntou se o Círio ia acabar. Nós explicamos que este ano não haveria a procissão por causa da pandemia, mas que no próximo ano, se Deus quiser, voltaremos a acompanhar o Círio. Pra não perder nossa tradição, combinamos de participar, sempre que possível, das missas, e acompanhar a programação pela televisão”, ressaltou.

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Círio
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