Mães que experimentam gravidez durante pandemia, agradecem à Virgem de Nazaré pelo milagre da vida

Valéria Barros
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No auge da infecção de Covid-19, a jornalista Sâmia Maffra, 32 anos, estava com cinco meses de grávida e teve muito medo de adoecer e transmitir para o filho. Ela tem histórico de doenças respiratórias e vivia uma contradição. “Me sentia feliz pela gravidez e, ao mesmo tempo, sentia medo”, resume.

Ela cancelou o chá de bebê, o book fotográfico e fez seu enxoval pela internet. A falta de familiares e amigos foi o mais complicado. “Fiquei meses vendo minha mãe, pai e irmãos só por vídeo chamada. Saía apenas para as consultas. Chorava de saudade e tinha insônia.”.

Aos seis meses, seu obstetra foi infectado pelo vírus e se afastou. A insegurança a maltratou até ela encontrar uma médica de confiança.

“Sou muito devota de Nossa Senhora, então eu rezava para que protegesse meu filho. Há uns três anos, na Trasladação, rezei pra que, quando Ela achasse que eu estava preparada para ser mãe, abençoasse meu útero e me enviasse um filho. Foi essa lembrança que me acalentou”.

Com o filho nos braços, ela define: “Miguel é um bebê arco-íris, nasceu seis anos depois que perdi meu primeiro bebê. Por conta da pandemia, precisei parir e amamentar de máscara e não pude receber visitas. Minha família só conheceu meu filho com quase um mês de nascido e todos fizeram teste antes de vir. Apesar de tudo isso, sei que ele é um verdadeiro presente divino”, comemora.

“FLORESCER”

A advogada Yasmin Sabbá, 32 anos, diz que seu coração está cheio de esperanças em dias melhores. Grávida de cinco meses, com previsão de parto para final de fevereiro, ela e o marido tiveram Covid-19, antes da gravidez, o que a deixa menos preocupada.

image Yasmin Sabbá (Cristino Martins / O Liberal)

Perdi um bebê ano passado, com três meses de gestação; tive hipotireoidismo e engravidei agora sem ter planejado, mas o pior ficou pra trás. Os dias com Covid-19 foram muito difíceis, tive que me afastar um mês do meu filho Kalel, de 1 ano e 10 meses. Agora, é seguir com os cuidados de higiene e restringir as saídas, pois sei que a reinfecção é uma realidade. Meu médico já me avisou que, se for tudo bem no parto, não passarei mais que 24h no hospital”.

Yasmim diz que refletiu sobre tudo o que passou e nas suas ‘conversas’ com Deus e Nossa Senhora, pediu que permitissem que fosse mãe novamente.

“Durante um tempo me senti muito culpada por ter perdido um bebê. E de repente, num momento atípico, onde a humanidade inteira vive muitas perdas, eu vou fazer florescer uma nova vida. Daniel, que significa “Deus é meu juiz”, vem como resposta às minhas orações e meu coração está cheio de amor e esperança para recebê-lo”, completa.

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