Devotos caminham 80 quilômetros de Castanhal a Belém em gratidão a Nossa Senhora de Nazaré

Grupo composto por fiéis percorrem a rodovia BR-316 e atravessam cidades como Ananindeua, Benevides, Marituba, Santa Izabel do Pará e Americano

Laiana Damasceno / Especial para O Liberal
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Chuva, sol, frio, calor e cansaço. Desafios enfrentados pelo grupo Caminhada de Fé de Castanhal, no nordeste paraense, durante o percurso de 80 quilômetros, da Cidade Modelo até a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém. No trajeto, os devotos atravessam cidades como Ananindeua, Benevides, Marituba, Santa Izabel do Pará e Americano.

O trajeto inicia na avenida Barão do Rio Branco, em Castanhal, passa pela rodovia BR-316 e alcança as avenidas Almirante Barroso e Governador Magalhães Barata, finalizando na Basílica de Nazaré. "É muito desgastante", admite José Maria Melo da Silva, de 53 anos, que é um dos coordenadores do grupo.

Já são mais de três décadas de caminhada, por isso José Maria compartilha a experiência com os outros integrantes do grupo. "A minha primeira promessa foi cumprida em 1989; pedi pela vida do meu primo que não andava. Prometi à Nossa Senhora que o dia que ele ficasse de pé sozinho, eu iria a pé de Castanhal para Belém. Hoje ele anda e eu continuo fazendo caminhada e agradecendo”, conta.

 

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Para que as caminhadas sejam feitas com segurança, o grupo fez um planejamento detalhado. As reuniões tiveram início ainda nos primeiros meses do ano e, além do detalhamento do cronograma e do trajeto, treinos físicos regulares fizeram parte da preparação, justamente para garantir que pessoas de diferentes faixas etárias e com condicionamento físico distintos conseguissem terminar o percurso.

image Atualmente, outros devotos de outras cidades paraenses fazem o mesmo na semana do Círio, seja a pé ou de bicicleta (Arquivo Pessoal)

Todo o planejamento depende da situação física e emocional dos participantes. "A gente fica mais preocupado com as pessoas de idade", afirma José Maria.

Maria Antônia de Moraes, de 61 anos, participa pela primeira vez da caminhada. "Eu quero agradecer à Nossa Senhora por tudo que a gente tem, pela minha família e pelos amigos", diz a devota, que é uma das pessoas com a idade mais avançada do grupo.

Também é a primeira vez que a funcionária pública Nilza Maria Turella, de 49 anos, participa da caminhada. Ela sempre teve vontade de fazer a peregrinação, e este ano encontrou uma motivação adicional. Vai agradecer pelo filho não ter precisado fazer uma cirurgia na perna, por conta de um tumor. "Pedi muito para que Nossa Senhora nos ajudasse. No fim, ele não precisou nem operar. Isso é uma benção, e estou indo agradecer", relata emocionada.

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