Círio 2025: corda é entregue nesta quinta-feira (11/9); saiba mais
No dia 27 deste mês, a corda passará por uma revisão completa para garantir que tudo esteja em perfeitas condições

A corda do Círio 2025 será entregue nesta quinta-feira (11/9). Primeiramente, a cerimônia oficial de entrega será realizada em Castanhal, no nordeste do Pará, com a presença da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN). Em seguida, a corda será conduzida até Belém, onde permanecerá guardada na Estação Luciano Brambilla até a vistoria, marcada para o dia 27 de setembro. A previsão de chegada à capital é por volta das 12h.
Em abril de 2023, a DFN anunciou que a produção da corda, um dos maiores ícones da festividade, seria feita pela primeira vez totalmente no Pará, para uso nas duas principais procissões: o Círio e a Trasladação. Assim como no ano passado, neste ano a corda será novamente produzida localmente, em doação feita pela empresa Companhia Têxtil de Castanhal (CTC) à DFN.
A corda utilizada nas procissões é confeccionada em malva e possui 800 metros de comprimento, dividida em duas partes de 400 metros para cada romaria, com 60 milímetros de diâmetro. Ela já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as procissões.
Revisão da corda
No dia 27 de setembro, a partir das 15h, a DFN e a Guarda de Nazaré realizarão uma revisão completa da corda do Círio. A vistoria, que acontecerá no Colégio Santa Catarina de Sena, em Nazaré, tem como objetivo checar detalhes do ícone da festa, como argolas, nós e estações, além de medir novamente os 800 metros da corda para garantir que estejam em perfeitas condições.
Após a revisão, a corda da Trasladação ficará em exposição na Estação Luciano Brambilla e a do Círio na Estação das Docas, até o dia 11 de outubro.
Como é feita a corda do Círio?
Até 2022, a corda utilizada no Círio e na Trasladação era feita de sisal, fibra vegetal resistente, produzida em Santa Catarina. A partir de 2023, passou a ser fabricada localmente pela CTC, utilizando fibras de malva cultivadas em mais de 20 municípios paraenses, em projetos de agricultura familiar que envolvem mais de mil famílias.
Esse material torna a corda mais macia ao toque, mantendo sua resistência. Mais de mil toneladas de fibras de malva passam por diversas etapas de fabricação, desde a colheita realizada pelas comunidades fornecedoras até a produção final.
De acordo com a CTC, este ano, o projeto de desenvolvimento da corda contemplou um cronograma de sete meses, sendo três dedicados ao planejamento e quatro à produção industrial. Ao longo desse período, mais de 480 colaboradores estiveram diretamente envolvidos nas diversas etapas.
Histórico
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla, do Ver-o-Peso às Mercês, durante a procissão, impossibilitando que a berlinda fosse puxada pelos cavalos. Um comerciante local emprestou então uma corda para que os fiéis conseguissem movimentá-la.
Desde então, a corda se tornou um elo simbólico entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis, sendo incorporada oficialmente às festividades do Círio.
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