Círio 2022: Traslado para Ananindeua é maratona de fé para devotos

O Traslado para Ananindeua reúne várias histórias de fé, sobretudo de quem vai acompanhar os 50 quilômetros de trajeto da mais longa das 13 romarias oficiais do Círio. Porém, acompanhar um percurso tão longo, pelas principais vias da Grande Belém, demanda alguns cuidados para que as promessas e agradecimentos sejam feitos em segurança.

"A primeira romaria já foi maravilhosa, tranquila e nossas expectativas são as melhores possíveis. Só deixar a rainha da Amazônia caminhar. E pedimos que todos façam suas homenagens em segurança, pois é uma romaria rodoviária. Usem as calçadas, não tentem ir para perto da berlinda e não tentem furar os bloqueios. Quem estiver de moto, fique ao final do comboio", orienta Antônio Sousa, diretor de Procissões da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN).

Pablo Renato Lopes, professor e pedagogo, saiu do município de Magalhães Barata caminhando com um grupo de romeiros. Eles saíram da cidade na segunda-feira (3) e chegaram nesta sexta (7), já para a missa do Traslado. "Um momento de fé, de coragem, com cada um ajudando o outro para homenagear Maria, a mulher que deu o sim para Deus. A minha caminhada, primeiramente, é pela paixão à Nossa Senhora, mulher humilde e de fé. E fiz uma promessa para minha mãe, que estava doente", declarou.

O grupo de romeiros de Magalhães Barata saiu caminhando e chegou à Basílica nesta sexta-feira. O professor Pablo destaca que todos se ajudaram para dar conta do trajeto de mais de 170 km (Thiago Gomes / O Liberal)

Saídos de Águas Lindas, em Ananindeua, o grupo de corredores "Amigos da Praça" se reuniu para chegar à Basílica Santuário e para acompanhar o Traslado. "Saímos cedinho para o percurso de 15 km de fé que fazemos todos os anos. É para agradecer e pedir que a santinha nos encaminhe para alcançarmos nossos objetivos e tenhamos uma cultura de paz em nossos corações", disse Benézão, instrutor do grupo, que em seguida se reuniu para orações em preparo para o retorno.

Vanderson Santos saiu nesta quinta-feira (6) de bicicleta de Salinópolis, junto com o grupo "Ciclistas de Maria", que há 14 anos acompanha o Traslado para Ananindeua. Chegaram na manhã desta sexta e esperavam, em frente à Basílica, para retomar as procissões presenciais do Círio. "Começou tudo com um amigo nosso e foram reunindo outros. Na verdade, acabamos fazendo o trajeto mesmo durante a pandemia. Fizemos nossas orações e continuamos. Vamos voltar na segunda-feira de bicicleta novamente. Depois de dois anos sem Círio, é hora de agradecer de novo. Viva Nossa Senhora de Nazaré!", bradou junto com os colegas do grupo de ciclismo.