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Ciclistas vão a Castanhal e retornam a Belém

CICLOROMARIA – Expectativa é reunir 400 deles para fazer o circuito tradicional de 160 quilômetros em louvor à Virgem de Nazaré

ERICKA PINTO

Em cima de duas rodas, eles farão um percurso de 160 quilômetros. Alguns apenas por agradecimento, outros por um motivo particular. São vários grupos de ciclistas que todos os anos se reúnem para homenagear e agradecer a padroeira dos paraenses. E mesmo com a suspensão das romarias no Círio 2020, eles decidiram manter a tradição. Na tarde desta sexta-feira, 9, um grupo formado por 60 ciclistas saiu de Belém para Castanhal. A volta está prevista para este sábado, 10, com chegada à Basílica de Nazaré.

Os ciclistas têm entre 21 e 66 anos e sempre se reúnem para o chamado “pedal”. Na Ciclo Romaria, alguns já participam há três anos, como a representante comercial, Salma Coelho Diniz, de 55 anos. Nascida em Recife, Pernambuco, mora há 16 anos em Belém e se declara paraense de coração e de alma.

“Aqui encontrei meu lugar no mundo. As pessoas aqui têm esse poder de nos acolher bem. E quando eu cheguei e vi o Círio pela primeira vez, fiquei muito tocada, desde então passei a acompanhar todos os anos”.

Devota de Nossa Senhora de Nazaré, Salma conta que este ano a romaria tem um motivo ainda mais especial para sua família.

“Eu e meu marido fizemos uma promessa à Virgem de Nazaré para que a nossa filha se recuperasse da Covid-19. Ela contraiu a doença em abril e ficou com 75% do pulmão comprometido. Foram quatro dias de internação. Passamos momentos de muita aflição”, revela.

Além da fé e do compromisso assumido com Nossa Senhora, Salma explica que o grupo decidiu manter a tradição da romaria por considerar que os próprios equipamentos que utiliza para a prática do ciclismo já garantem uma proteção contra o coronavírus.

“Usamos equipamentos individuais, como capacetes, luvas, óculos de proteção e balaclava, que é um acessório, feito com malha de lã ou tecido elástico, para a proteção do rosto. Então, não teria sentido nós não pagarmos a nossa promessa, fazer o nosso agradecimento, já que estamos todos tomando os cuidados necessários. Além disso, acho contraditório alguém ir para uma festa e não poder pagar sua promessa”, questionou.

MÃE

Diogo Morghetti, 42 anos, veio morar em Belém em 2016. Casado com uma paraense, o paulista revela sua devoção à Nossa Senhora de Nazaré desde quando chegou à capital paraense.

“Quando eu cheguei aqui, estava vivendo um momento difícil; estava desempregado. Mas a fé nela (Santa), mudou a minha vida. Hoje vivo bem com a minha família. E a Ciclo Romaria é uma forma de agradecer por todas as graças alcançadas”.

Este ano, além de agradecer pela recuperação da filha de Salma, Diogo Morghetti diz que a sua participação na romaria dos ciclistas é uma promessa que fez à Virgem de Nazaré pela recuperação da saúde de sua mãe, Márcia Moema Morghetti, 68 anos, que passa por um tratamento contra o câncer.

“Estamos confiantes, com fé de que vamos superar mais essa etapa difícil e que nós vamos vencer”.

Diogo diz que o número de participantes no retorno da Ciclo Romaria para Belém costuma ser bem maior. Tanto em Castanhal, como durante todo o percurso, vários grupos vão se agregando ao movimento. A expectativa para este ano é de 400 ciclistas chegando à Basílica de Nazaré na manhã deste sábado, 10.

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Círio
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