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Canoas de Promesseiros: TCE-PA celebra fé, cultura e inclusão com exposição de barquinhos de miriti

Este ano, a mostra tem como tema “Onde a fé navega, a esperança transborda”

O Liberal
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O Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) abriu, nesta quinta-feira (2), a 15ª edição da exposição Canoas de Promesseiros, que volta a colorir os espelhos d’água da sede do órgão com 200 tradicionais barquinhos de miriti. Este ano, a mostra tem como tema “Onde a fé navega, a esperança transborda” e reforça o vínculo entre a instituição e a programação do Círio de Nazaré.

A inspiração vem da Romaria Fluvial, uma das procissões mais simbólicas do Círio, que reúne milhares de fiéis nas águas da Baía do Guajará, em Belém. Desde 2010, a exposição já resultou na produção de mais de 2 mil canoas artesanais, fortalecendo o trabalho de famílias ribeirinhas e promovendo inclusão social.

“Apresentamos este projeto com muito orgulho. É um abraço institucional do TCE à programação do Círio. Há 15 anos, essa ideia surgiu inspirada na Romaria Fluvial. Hoje, o evento cresceu e valoriza a arte, a cultura e também a inclusão”, declarou o vice-presidente do TCE-PA, conselheiro Luís Cunha, durante a abertura da mostra ao lado da conselheira Lourdes Lima.

Inclusão por meio da arte

As peças exibidas foram produzidas por artesãos de Abaetetuba e pintadas por pessoas em processo de recuperação da dependência química, acolhidas pela Fazenda Esperança, em Mosqueiro. A atividade foi realizada durante a “Manhã dos Eleitos”, promovida pela Diretoria da Festa de Nazaré no último dia 27 de setembro.

“Já somos parceiros desde 2023 e, este ano, nossa ação na Manhã dos Eleitos acolheu 100 residentes da Fazenda Esperança, que, junto a seus familiares, pintaram os barquinhos levados pelo TCE, em um momento de acolhimento e esperança”, explicou Karen Lima Reis, representante da Diretoria.

A exposição também é um espaço de valorização do artesanato de miriti, tradição enraizada em Abaetetuba e fonte de renda para dezenas de famílias. A Associação de Artesãos da cidade, que reúne 23 núcleos familiares, é responsável pela confecção das peças.

“Para nós este momento é uma honra. Por meio do TCE, nosso trabalho, que é o sustento de nossas famílias, é visto neste espaço e ganha reconhecimento”, afirmou o artesão Manoel Miranda.

Exposição fotográfica

Além da mostra principal, o público pode visitar a exposição fotográfica “Navegando por Memórias – Canoas de Promesseiros: imagens que revelam fé, esperança, cultura e inclusão”, com 20 registros que resgatam momentos marcantes das 14 edições anteriores do projeto. Inicialmente instalada no Largo do Redondo, a exposição será transferida para o Espaço Cultural Clóvis Moraes Rêgo, no TCE-PA, onde permanece até 27 de outubro.

Na área externa, a programação conta ainda com uma feira de artesanato com expositores da Região Metropolitana de Belém. Entre os participantes está a artesã Lucilene Lima, de Ananindeua, que confecciona bonecas de pano com temáticas amazônicas.

“É muito importante para nós artesãos essa visibilidade”, destacou.

Legado

Ao final da exposição, os barquinhos de miriti são doados a estudantes da rede pública da Região Metropolitana de Belém, ampliando o alcance social da ação. A expectativa do TCE-PA é que mais de 400 mil pessoas visitem a mostra até o encerramento da programação.

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