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Berlinda será ornamentada com 15 mil flores

Dentre as espécies está a orquídea-de-nazaré, produzida na região amazônica

Alinne Morais, especial para O Liberal
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Responsável por conduzir a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em meio ao mar de devotos, a Berlinda é um dos símbolos mais significativos do Círio. Neste ano, ela será ornamentada com 15 mil flores. Dentre as espécies está a orquídea-de-nazaré, produzida na Amazônia. Além da decoração, o carro também contará com novos pontos de iluminação.

Paulo Morelli, designer e paisagista, é o responsável pela ornamentação. Ele conta com o auxílio de uma equipe formada por 12 pessoas: três floristas, três assistentes de floristas e 6 integrantes para o apoio. Está é a nona berlinda decorada pelo profissional. Para ele, é uma honra. “É uma honra misturada com emoção, com amor, com devoção”, resume.

Além das orquídeas, a berlinda conta ainda com outros tipos de flores. A maioria vem de São Paulo, em três voos diferentes. Elas chegam a Belém na semana do Círio. Aqui, passam por um minucioso processo de manejo e cuidado. Dessa forma, é possível garantir a durabilidade e a beleza das espécies que enfeitam o carro na trasladação e na grande romaria do domingo.

O projeto da berlinda começou a ser pensado em março. Fatores como o tema do Círio, que este ano é “Maria, Mãe da Igreja”, foram levados em conta. O veículo também recebeu, em setembro, a manutenção habitual e revisão de iluminação. A luz da coroa foi reforçada e a externa ganhou novos pontos, para realçar, ainda mais, a beleza do ícone e da santa. “A expectativa é que seja do agrado da maioria das pessoas”, diz Lilian Acatauassú, da coordenação do Círio 2019. “A berlinda é um ícone e a gente sempre quer dar o nosso melhor”, ressalta.

HISTÓRIA

A berlinda começou a ser utilizada no Círio a partir de 1882, por sugestão do bispo Dom Macêdo Costa. Antes disso, a imagem era conduzida no colo pelo capelão do Palácio do Governo em um palanquim - espécie de cadeira fechada presa a um varal levada no ombro por quatro a seis homens. No início, era puxada por cavalos. Foi só em 1885 que foi introduzida a corda.

A atual berlinda é a quinta da história. Foi confeccionada em 1964, pelo escultor João Pinto. Tem estilo barroco e foi produzida em cedro vermelho. Em 2012, passou por reestruturação e recebeu nova cobertura de folhas de ouro. A reforma também envolveu a implantação de um moderno sistema de iluminação em fibra ótica, com luz branca no interior e amarela no exterior.

A peça é utilizada no Círio e na trasladação. Para as demais romarias oficiais são utilizadas berlindas menores e mais simples, com exceção à Romaria das Crianças e à Procissão da Festa, quando é utilizado o nicho onde a imagem era colocada no presbitério da Basílica. No Recírio, a imagem é levada em um andor nos ombros.

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Círio
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