CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Símbolos de devoção e fé: conheça a história de Manuella e Helder

Peças em cera estão presentes desde as primeiras procissões e fazem elo com Maria

Michel Ribera
fonte

Segundo domingo de outubro. A data é aguardada com carinho por milhares de paraenses e devotos de Nossa Senhora de Nazaré. É o momento de reencontro com a padroeira do estado. Tempo também de reunir a família, os amigos e reviver um sentimento único que se renova ano após ano.

Devido a forte influência portuguesa em Belém, nas primeiras romarias, era comum ver os fiéis levarem para as procissões grandes velas chamadas Círio ou “cereu”, que significa “de cera”, em latim. Elas eram ofertadas à Nossa Senhora de Nazaré como forma de gratidão às graças alcançadas.

Essa tradição de levar os “cereus”, ou velas Círio, permanece até hoje, mas, com o passar do tempo, as peças em cera passaram a ter outros formatos e ganharam representações de parte do corpo que foram curadas por intercessão de Maria, ou mesmo objetos como casas, carros e tudo mais que foi conquistado através das bênçãos da Virgem de Nazaré.  

A fonoaudióloga Manuella Porto Arruda diz que o Círio de Nazaré tem um significado muito importante na vida dela. “Foi durante o tradicional almoço de domingo que meu, então noivo, Helder Arruda, me pediu em casamento. Um momento que jamais vou esquecer”, diz. 

 Assim que casaram, Manuella e Helder se mudaram para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul e, por causa disso, há quatro anos não conseguem acompanhar presencialmente a procissão, algo que já fazia parte da rotina do casal desde a época da adolescência. Mas, mesmo longe de Belém, os dois não se distanciaram da fé em Nossa Senhora de Nazaré e fazem questão de acompanhar todas as edições do Círio pela internet, através das transmissões online.

image Manuella Porto arruda diz que o Círio tem um significado especial em sua vida, ao lado de Helder Arruda (Arquivo pessoal)

Manuella conta que o segundo domingo de outubro faz a casa deles, no sul do país, se transportar para Belém através da decoração, aromas e sabores do Círio. “Mesmo longe, fazemos questão de cumprir todos os ritos dessa época. A imagem da Santinha recebe manto e flores no pequeno altar que temos. Rezamos e nos emocionamos muito com tudo que ela representa nas nossas vidas. O almoço do Círio é outro ponto que nos faz lembrar de onde viemos e o que essa cultura nortista representa”, conta a fonoaudióloga.

A vizinhança e amigos de Helder e Manuella também são contagiados pelo clima. Eles fazem questão de explicar tudo sobre essa grande festa de fé e relembrar de momentos icônicos das procissões que são sempre marcados por muita demonstração de amor e gratidão.

Este ano, o casal vai, finalmente, poder reviver todo esse momento de emoção de perto, após tanto tempo. “Eu tenho muita devoção por Nossa Senhora de Nazaré. Ela abençoa todos os dias a nossa relação e nunca me faltou nos momentos de maior aflição, em especial neste ano, quando minha mãe enfrenta um problema de saúde. Com fé na nossa padroeira, tenho certeza que ela vai vencer mais esse desafio. Maria de Nazaré pode tudo. Ela cura os males e cuida da gente como uma verdadeira mãe. Estar diante dela em 2023 vai ser um reencontro único”, diz Manuella. 

Você sabia? 

No rito católico, a vela Círio é acesa todos os anos, pela primeira vez, no Sábado de Aleluia, durante a vigília pascal, representando a luz de Cristo, que é Jesus ressuscitado. Ela é usada também durante as Santas Missas e Batizados.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Artigos
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!